Os Estados Unidos reagiram nesta Quinta-feira, 31 de Março, às sentenças "pesadas" do Tribunal Provincial de Luanda, aos activistas acusados de actos preparatórios de rebelião, associação de malfeitores, entre outros.
Em comunicado no seu site, o Departamento de Estado americano, através do seu porta-voz John Kirby, considera que as sentenças atribuídas aos 17 activistas ameaçam os exercícios de liberdade de expressão e de reunião pacífica. "Ambas as liberdades estão consagradas na Constituição angolana", realça o comunicado, acrescentando que aquelas liberdades estão igualmente "protegidas sob as obrigações" de Angola respeitar os direitos humanos e são "valores fundamentais de qualquer democracia forte e funcional".
"Estamos também preocupados com relatórios sobre irregularidades processuais e a falta de transparência no julgamento, o que levanta questões sobre se o respeito pela lei prevaleceu neste caso", escreve John Kirby.
"Contudo, estamos encorajados pelo facto do julgamento dos 15+2 ter-se tornado motivo de debate nacional em Angola. Apelamos ao Governo de Angola a proteger os direitos constitucionais dos angolanos a participar num discurso pacífico, aberto e público", conclui John Kirby.
Por outro lado, o embaixador itinerante angolano, Luvualu de Carvalho, considerou que a sentença dos activistas não interessou a 99 por cento dos angolanos e que o caso não afecta a imagem do país, escreve o site angolano Rede Angola.
Citando uma entrevista à agência Lusa, o site escreve que Luvualu de Carvalho não considera que a imagem de Angola fique beliscada após esta sentença, uma vez que "a comunidade internacional não são 26 pessoas que se reúnem no Rossio para gritar ‘Liberdade já", referindo-se a uma manifestação que ocorreu em Lisboa na passada Segunda-feira.
Entrevista a Luvualu de Carvalho em Washington DC: