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Forum provincial da juventude de Malanje adiado para data incerta


Caetano da Rita Tinta, Director provincial da Juventude e Desportos de Malanje
Caetano da Rita Tinta, Director provincial da Juventude e Desportos de Malanje

Em vez disso, representantes dos jovens da província vão participar numa reunião nacional em Luanda

O primeiro Forum Provincial da Juventude de Malanje inicialmente previsto para este mês foi adiado “sine die”. Em vez disso, representantes dos 14 municípios da província, participam, nesta quinta-feira, numa reunião nacional em Luanda.

O carácter nacional do encontro significa que haverá uma menor concentração nos problemas específicos da província.

O director provincial da Juventude e Desportos, Caetano da Rita Tinta, confirmou o adiamento do forum provincial, mas garantiu que continuam a ser criadas condições, de forma que o evento congregue representantes dos 14 municípios desta região e de todas as classes sociais.

Caetano da Rita Tinta assegura que a reunião de Malanje poderá encontrar recursos para aprimorar melhores dias para os jovens da terra da palanca negra gigante.

Edifício degradado em Malanje. Jovens da província têm dificuldade em arranjar casa
Edifício degradado em Malanje. Jovens da província têm dificuldade em arranjar casa

“Vamos discutir variadíssimos temas, como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, da problemática do HIV/Sida, da violência doméstica, do papel da juventude para a reconstrução do país, vamos tratar daqueles temas que preocupam a juventude”, declarou, numa entrevista o director da Juventude e desportos.

O responsável, à frente do sector apenas há quatro meses, referiu que serão debatidos “a temática da habitação, o pouco acesso ao ensino superior, esses aspectos que hoje, infelizmente, a juventude vive."

"Vamos discutir todos a mesma mesa e para ver, se também entre nós os jovens apontamos algumas linhas, algumas metas para a solução de algumas questões que nós achamos que é possível”, adiantou.

Moto-táxis, principal ocupação dos jovens, passam em frente a um prédio de Malanje
Moto-táxis, principal ocupação dos jovens, passam em frente a um prédio de Malanje

Centenas de jovens desta província não têm acesso ao crédito bancário e, a alternativa tem sido o comércio de moto-táxi, apesar dos riscos que acarretam. Adão Hermenegildo é um exemplo. “A primeira coisa é a questão financeira, estou a ver que a juventude, na sua maioria está a fazer táxi, um táxista é porque não tem emprego, não tem como fazer. Aí está o problema”.

Os pequenos empreendedores enfrentam a mesma dificuldade. André Fula, 39 anos é detentor da fazenda Lavinea, com 350 hectares e pouco menos de 3 por cento está a ser explorado. Cerca de 100 mil dólares é a quantia mínima para o relançamento da produção.

“No ramo da agro-pecuária há muitos problemas, desde os fertilizantes, a mão-de-obra, enfim. No mercado não existe fertilizantes e se existirem é preciso dinheiro e, não temos acesso a créditos e fica díficl trabalhar sem crédito", disse Fula à VOA, prosseguindo:" A agricultura é um ramo que necessita de muito apoio de quem de direito e para relançar a minha produção, numa primeira fase necessito de USD 100 mil, visto que ainda sou um agricultor que não possuo máquinas, estamos a fazer aquela agricultura de subsistência”.

Sala de aula numa escola de Malanje
Sala de aula numa escola de Malanje

A formação académica e profissional é o grande calcanhar de Aquiles em toda extensão da província de Malanje, por falta de escolas e de professores, com proeminência nas localidades de difícil acesso. Clique na barra acima, no início deste texto, para ouvir a reportagem de Isaías Soares.

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