Redução da divida nacional
O presidente Barack Obama vai solicitar ainda esta semana aos Republicanos para que juntos escrevam um plano no sentido de aumentar os impostos e reduzir o crescimento de gastos sociais obrigatórios.
O plano visa enfrentar os problemas financeiros, uma vez ultrapassado o acordo orçamental de curto prazo.
A intervenção a ser proferida na quarta-feira, Obama vai com efeito re abrir o debate sobre a redução da divida nacional, que está a atingir níveis perigosos com o envelhecer da população norte americana.
Após meses de criticas segundo as quais Obama não liderou as conversações sobre o orçamento, o presidente vai fazer apelo a negociações bi partidárias, no sentido de um plano a longo prazo de redução da divida, que a administração sustenta esteja em contraste com o plano apresentado a semana passada pela Câmara dos Representantes.
O plano Republicano inclui a redução dos programas Medicare e Medicaid, e triliões de dólares em reduções de impostos, embora poupando os gastos com a defesa.
Obama por seu lado, prevê um plano mais abrangente que inclui aumento de impostos para os contribuintes mais ricos, reduções nos gastos com a defesa, poupanças no Medicare e no Medicaid, e alterações não especificadas na Segurança Social.
Segundo a Casa Branca, na intervenção que ocorre após o acordo da passada sexta feira para a redução dos gastos domésticos, em cerca de 38 biliões de dólares para o resto do orçamento deste ano, Obama não deverá oferecer detalhes, limitando-se a apresentar objectivos de redução do défice.
Até agora, Obama tem evitado prescrever alterações nos gastos sociais obrigatórios como o Medicare, para além dos contidos na sua revisão do sistema de saúde. Com efeito, poucas das recomendações propostas pela comissão fiscal bipartidária foram incluídas no orçamento que apresentou ao Congresso em Fevereiro passado.
Mais ainda, enquanto Obama propôs o congelamento durante cinco anos das despesas, recomendou aumento nos programas de educação, na pesquisa, na infra-estrutura e energia limpa – acentuando que embora a redução do défice seja importante, também são importantes os investimentos para criar postos de trabalho e na especialização dos trabalhadores.