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Agostinho Chicaia vai entrar em greve da fome


Justino Pinto de Andrade (dir.) presidente do Bloco Democrático
Justino Pinto de Andrade (dir.) presidente do Bloco Democrático

Activista vai ser representado pelo advogado David Mendes

Pinto de Andrade pede a libertação

O activista cívico de Cabinda, Agostinho Chicaia, que continua detido, "sem culpa formada", na capital congolesa, Kinshasa, prepara-se para iniciar uma greve de fome, se não for libertado até esta quinta-feira em protesto contra a sua detenção, revelou à VOA o deputado da UNITA, eleito por Cabinda, Raul Danda.

Entretanto,mesmo antes de Chicaia ter anunciado a sua decisão, Justino Pinto de Andrade, presidente do Bloco Democrático, defende a libertação do activista cívico cabindense, Agostinho Chicaia, detido pelas autoridades congolesas, a pedido do governo de Luanda.

Justino Pinto de Andrade considera injustificada a detenção de Chicaia e defende uma solução negociada para o problema de Cabinda.

Pinto de Andrade diz que, por um lado, que Agostinho Chicaia é um agente cívico e que, por outro, foi dada como inconstitucional a norma que justificou a prisão do padre Tati do Belchior e de outros elementos de Cabinda. "Portanto - afirma o líder do Bloco Democrático - não faz sentido que, um ano depois, Agostinho Chicaia seja preso, em princípio, acusado de ter praticado actos contra a segurança do Estado angolano."

Justino Pinto de Andrade torna claro que não está a "apoiar uma secessão de Cabinda", mas defende uma solução que "tem que ser uma solução encontrada em conjunto com todos os actores e não apenas com uma parte dos actores".

O presidente do Bloco De mocrático adianta que, inversamente, "o Estado angolano tem procurado conversar com pessoas e grupos que lhe parecem mais próximos das suas próprias posições", concluindo: "Por isso mesmo é que não consegue chegar a uma solução definitiva para o problema de Cabinda".

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