Washington, 10 Dez - O Vice-Presidente chinês, Wang Qishan, e cerca de uma centena de chefes executivos chineses do mundo de negócios vão reunir-se em Washington, no próximo dia 13 de Dezembro, com entidades oficiais americanas, para discutir a questão da expansão dos investimentos chineses nos Estados, que não está a ser bem acolhida por alguns sectores políticos e lideres do mundo do trabalho, nos Estados Unidos.
O mês passado, o governador do estado da Indiana, Mitch Daniels, visitou a China com o objectivo de encorajar companhias chinesas a investirem no seu estado afim de aumentar exportações do seu estado aos mercados chineses.
Muito dos rendimentos daquele estado do centro-oeste americano derivam da sua indústria manufactureira. Todavia, cerca de 10 por cento da sua mão-de-obra é desempregada. De regresso, o governador Mitch Daniels recebeu promessas de algumas companhias chinesas interessadas em expandir os seus negócios no seu estado. Mitch Rood, Director da agência de investimentos e desenvolvimento económico do estado da Indiana, fez o balanço.
“Voltamos da China com várias pistas para vários sectores das transacções, aqui no nosso estado, tais como os sectores de seguros de saúde, dos transportes, mobílias e agricultura. Temos na China grandes oportunidades que podem robustecer a economia do nosso estado.”
Entretanto, um recente estudo de uma companhia internacional de consultorias revelou que cerca da metade dos 150 directores executivos chineses teria manifestado a vontade de investir nos Estados Unidos ,nos próximos três anos, em varias denominações de negócios, um dos quais teria indicado estar disposto a investir uma quantia no valor de 42.6 mil milhões de dólares em aquisições e fusões de complexos de negócios.
Despertou a atenção no mundo de negócios nos Estados Unidos o facto de uma companhia petrolífera chinesa não ter podido adquirir a congénere americana, UNOCAL, em 2005.Entretanto,as companhias de negócios aguçaram mais o seu interesse em investir nos Estados Unidos no sector da exploração petrolífera.
A China tem manifestado igualmente interesse em investir na indústria automobilística americana, tendo a China adquirido em Julho último a NEXTEER, uma subsidiária da General Motors. Mas alguns sectores do mundo do trabalho começam a temer a perda dos seus empregos pela transferência de importantes sectores industriais americanos para a China.
Derek Scissors, da Heritage Foundation, em Washington, classifica de absurdo este receio:
“Quando falo com os representantes do Congresso a respeito deste receio, eles apresentam-me várias hipóteses, que na sua opinião poderiam acontecer, tratando-se de um problema desta magnitude, mas porque não esperarmos para ver se tudo isto será uma realidade no futuro?”
Por outro lado, alguns chefes executivos e líderes políticos concordam quando afirmam que, na realidade, Pequim limita o acesso das companhias americanas que desejam promover a sua expansão na China, tendo o Secretario do Comércio, Gary Locke, adiantado que a questão será debatida na reunião entre os Estados Unidos e entidades oficiais do comércio chineses, no próximo dia 13 de Dezembro, em Washington.