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Nobel da Paz: China mantem oposição a atribuição do galardão


Nobel da Paz: China mantem oposição a atribuição do galardão
Nobel da Paz: China mantem oposição a atribuição do galardão

Na véspera da cerimónia da atribuição do Nobel da Paz a China dá conta do seu desagrado não participando no evento

Washington, 09 Dez - A China intensifica o seu desafio à opinião pública internacional na véspera da concessão do Premio Nobel de Paz a Liu Xiaobo, cidadão chinês a cumprir uma pena de 11 anos de prisão, acusado de dissidência:

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Jiang Yu, disse numa conferência da imprensa em Pequim que a China não vai ceder a quaisquer pressões para libertar o activista da democracia.

A China e grupos dos direitos humanos através do globo estão envolvidos em luta encarniçada relativamente à cerimónia a ter lugar amanhã, sexta-feira, em Oslo, na Noruega, estando a exortar todas as nações do mundo para não enviarem representações diplomáticas à cerimónia, enquanto, por outro lado, grupos dos direitos humanos amontoam epítetos vergonhosos aos países que respeitarem os apelos da China, não assistindo à cerimónia do Premio Nobel na capital da Noruega.

Até agora, 44 países terão informado o Comité do Prémio Nobel que estariam presentes na cerimónia, enquanto 18 outros afirmaram que se iriam juntar à China no boicote da cerimónia, sendo as Filipinas o país que mais recentemente tem estado a enfrentar as mesmas criticas levantadas contra China pela decisão de boicotar as cerimonias em Oslo, cedendo a pressões de Pequim.

Entretanto, aqui nos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes aprovou por quase unanimidade uma resolução de congratulações ao dissidente chinês, Liu Xiaobo, por ter merecido o Prémio Nobel da Paz.

Recorde-se, por outro lado, que Liu Xiaobo afirmou numa entrevista em 2008,referindo-se ao levantamento dos estudantes chineses do movimento pro-democracia na Praça Tiananmen, em 1989,ser claro que os líderes chineses compreenderam bem a mensagem que a mesma ficou bem gravada na história chinesa.

“O enorme peso do movimento de 4 de Junho na Praça Tiananmen caiu com força no espírito dos líderes chineses e ficou para sempre gravado na história da China.”

Entretanto, apesar do movimento de apoio, à escala global, ao dissidente chinês, presentemente a servir uma pena de 11 anos de prisão, as autoridades chinesas iniciaram a sua própria campanha para impedir que o Chineses no Continente se desloquem para assistir à cerimónia em Oslo, ou se juntem ao apoio internacional a Liu Xiaobo. Mas uma organização recentemente formada na China acaba de criar o seu próprio Prémio Nobel de Paz que teria sido conferido já esta, quinta-feira.

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