Washington, 12 Dez - A Coreia do Sul iniciou hoje exercícios militares com tiros reais de artilharia por todo o país.
Esses exercícios são vistos como uma resposta aos bombardeamentos há duas semanas de uma das suas ilhas pela da Coreia do Norte.
O novo ministro da defesa, Kim Kwan-jin ordenou as forças armadas para preparem os sistemas de auto-defesa, por causa de receios de novos ataques da Coreia do Norte.
Um antigo general do exército, Kim Kwan-jin assumiu o cargo há dois dias, e não hesitou em dizer a imprensa que desta vez Seoul irá retaliar e de forma imediata a toda e qualquer provocação de Pyongyang.
Especialistas dizem por seu lado que a posição do ministro da defesa em defender respostas em casos de ataque, vai prevenir a Coreia do Norte em lançar novas ofensivas.
Entretanto foi pedido aos militares para evitarem disparos de artilharia em 29 áreas incluindo na ilha de Daechong situada perto da fronteira com a Coreia do Norte. Daechong fica a Oeste da ilha de Yeonpyeong no Mar Amarelo.
Diplomatas dos Estados Unidos, Coreia do Sul e do Japão devem reunir-se hoje aqui em Washington para debater a situação na península coreana.
O Jornal Washington Post indica na sua edição de hoje que os Estados Unidos estão em vias de redefinir a sua relação com as duas Coreias por causa de desacordos crescentes com a China. Segundo ainda o jornal, os responsáveis americanos estão a assumir posições que poderão se consideradas de blocos anti-China.
Washington Post escreve que a administração Obama considera que o facto da China não ter condenado a persistência da Coreia do Norte em continuar o seu programa nuclear e do recente ataque contra a Coreia do Sul, encoraja Pyongyang a acreditar que é livre e pode agir em impunidade.
Enquanto isso, em Seoul, o primeiro-ministro da Coreia do Sul disse hoje que o governo fará todo o necessário para o regresso a normalidade na ilha alvo do ataque norte-coreano, e onde os mil e quinhentos habitantes foram forçados a fugir em busca de segurança.
O chefe do governo anunciou uma ajuda de 25 milhões de dólares a favor dos deslocados que deverão reconstruir as suas casas destruídas pelo ataque. Mais armas e tropas foram enviadas para Yeonpyeong e outras quatro ilhas na mesma linha de fronteira com a Coreia do Norte.