O presidente Barack Obama e oito dirigentes do Congresso – republicanos e democratas – realizaram uma quinta sessão de negociações destinadas a obter um acordo visando a redução do défice e um compromisso sobre o limite da dívida.
As conversações foram marcadas por uma confrontação verbal entre o presidente Obama e um dirigente republicano.
Embora a Casa Branca não comente, declarações de adjuntos dos representantes Democratas e Republicanos, indicam que o encontro de quase duas horas foi o mais conflituoso de todos, já que as duas partes enfrentam pressões no sentido de encontrar uma solução para o impasse.
Segundo assessores do republicano Eric Cantor, o presidente Obama abandonou a sala após uma tensa troca de opiniões sobre a forma como resolver o défice e o impasse sobre a dívida pública.
Fontes democratas contestam a ideia de abandono, referindo que Obama expressou frustração sobre a postura dos republicanos e a ausência de compromisso, e deu o encontro por concluído.
O agudizar da tensão verificou-se quando a agência financeira Moody alertou para a eventualidade da cotação do crédito dos Estados Unidos ser reduzida.
Anteriormente, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, tinha comentado a proposta do senador da minoria republicana Mitch McConnell como sendo o reconhecimento por parte dos republicanos de não existir alternativa para o aumento do limite da dívida.
“O presidente está preparado e deseja obter um acordo que reduza o défice o mais possível”.
Numa audiência perante uma comissão do Congresso, o presidente da Reserva Federal (banco central dos EUA), Ben Bernanke testemunhou que o incumprimento da divida federal poderá ter um enorme impacto.
“É evidente que se chegarmos ao incumprimento da dívida, isso será uma enorme crise”.
Segundo o porta-voz da Casa Branca o presidente Barack Obama vai continuar a pressionar no sentido de uma solução que inclua uma grande redução do défice e o aumento do plafond da dívida federal.