Os bipos católicos angolanos deram o seu apoio à criação de uma comissão eleitoral "transparente e honesta".
O apelo dos bispos angolanos junta-se a outros feitos por partidos e organizações não governamentais para que haja um orgão independente a controlar as próximas eleições em Angola.
A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, CEAST, analisou a questão e tornou claro que aguarda com expectativa pela aprovação do novo pacote legislativo eleitoral cuja discussão deve ir em breve a Assembleia Nacional.
O documento jurídico que vai orientar as próximas eleições em Angola deve servir para aumentar a maturidade política, cívica e de valores da dignidade dos angolanos, disse a conferência
Para o porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, o Bispo Dom Manuel Imbamba, é fundamental que os concorrentes nas próximas eleições se revejam no órgão eleitoral a ser criado.
“O mais importante é que neste órgão estejam representados todos aqueles que vão participar do acto eleitoral, todos os partidos que tenham de facto a legitimidade de concorrer deveriam se rever, pois, nesse órgão para que se tenha maior confiança maior participação maior transparência e maior verdade em tudo aquilo que se vai realizar a volta do próprio processo eleitoral, que é um processo complexo que exige muita coragem muita simplicidade muita honestidade muita justiça e muita força de vontade e de inteligência para pôr a funcionar uma máquina como é esta para o bem da própria sociedade,” disse Imbamba
O Bispo Emérito de Benguela, Dom Óscar Braga, defende que tudo tem que ser feito para que as próximas eleições tenha em conta a participação de todos os angolanos.
“Sem um estudo sério e sem uma divulgação que atinja toda a gente, não podemos esperar bons resultados. Isto é uma eleição para a Angola, portanto, é para o povo angolano o povo todo tem de estar bem informado, têm que dar os documentos necessários para eles emitirem uma opinião certa,” disse.
Declarações dos bispos católicos angolanos juntam-se a outros apelos para uma comissão eleitoral independente