No Mali, o avanço e a conquista de três cidades do norte do país pelos rebeldes do MNLA têm despertado a atenção da comunidade internacional que entretanto parece impossibilitada a reagir, já que o país vive também uma situação de golpe de Estado em que os militares vão fazendo algumas concessões após um braço de ferro com a CEDEAO.
Os rebeldes Touaregues separatistas do norte parecem no entanto determinados em avançar para a independência da região de Azawad.
O avanço dos Tuaregues no norte do Mali foi coroado com a conquista ainda ontem da cidade de Tomboctou uma das mais importantes do país e património da humanidade da UNESCO.
A progressão dos rebeldes está a ser vista como uma ameaça para a Junta militar que em Bamako dá sinais de perda de terreno, isso enquanto aumentam as pressões da CEDEAO.
Contudo os especialistas me questões de segurança receiam que o MNLA tenha tido apoios do AQMI – al-Qaida do Magreb neste se avanço no norte do Mali, onde assiste-se a uma deterioração da situação social.
Entretanto em Bamako a capital, o líder da Junta Militar, o capitão Amadou Sanogo, por causa da pressões da CEDEAO de que tem sido alvo apelou a uma convenção nacional, a fim de unir o país antes das eleições.
O Capitão Sanogo, disse que a reunião dos líderes políticos e da sociedade civil deverá chegar a um consenso quanto aos desafios internos que o Mali enfrenta.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas indicou que a situação naquele país oeste-africano está cada vez pior perante o avanço das forças rebeldes e o bloqueio político em Bamako. A Embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Susan Rice disse esperar que o Conselho de Segurança venha a pronunciar brevemente sobre a situação.
Um destacado político maliano, e líder do Partido da Convergência Africana para a Renovação, Cheick Traoré, criticou as sanções económicas impostas pela CEDEAO. O político considera que estas imposições criam mais problemas em vez de ajudar o país a promover o diálogo e a superar a crise.