A Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA), coligação anunciada pelo antigo dirigente da UNITA Abel Chivukuvuku, arrancou em Luanda a sua convenção constitutiva, com as eleições gerais de Setembro no horizonte.
Dissidentes da UNITA, o maior partido da oposição angolana, quatro partidos legalizados mas sem representação parlamentar e cidadãos independentes dão corpo à nova formação política, que vai apresentar Abel Chivukuvuku como seu candidato à Presidência da República, cargo que passa a ser eleito naquele escrutínio por via indirecta, conforme a nova Constituição.
O ponto principal deste Conclave Constitutivo é formalizar a assinatura dos Acordos que geraram a Coligação de quatro partes, nomeadamente o PADDA de Alexandre Sebastião, a PLATAFORMA de Lindo Bernardo Tito, o PALMA de Manuel Fernandes e os INDEPENDENTES, representados por Anatilde Campos, uma conhecida académica de Benguela.
Todos eles integram um Conselho Presidencial que foi ratificado esta tarde pelos delegados, mediante eleição por deposição de voto.
Não se tratou de uma eleição clássica propriamente dita. Tratou-se sim do pronunciamento do delegado, que foi solicitado pela proposta presidência. Mediante o voto e através duma questão simples: concorda ou não concorda com a proposta da direcção da Coligação: Sim ou Não!? Os delegados responderam e depositaram o boletim na urna.
Ora uma vez aprovados, os documentos e as actas vão ser submetidos ao Tribunal Constitucional, passo abrirá caminho para a legalização da Coligação e a conquista da personalidade jurídica.
690 delegados, era o número previsto participar, vindos do interior e também do exterior do país.
A manhã de segunda-feira esteve reservada aos discursos dos vice-presidentes e também a parte lúdica do acto.
Lindo Bernardo Tito falando em nome da PLATAFORMA, manifestou-se jubilado pela concretização do projecto e face as dificuldades vividas, agradeceu a perseverança, alusão a Abel Chivukuvuku.
Os delegados ao Conclave estão a debater três documentos essenciais, nomeadamente os Estatutos que regerão a Coligação, o Manifesto assim como a aprovação duma bandeira, com a qual se apresentará nas próximas eleições.
A CASA - Convergência Ampla de Salvação de Angola elege “Quinze Razões” que fundamentam a sua criação e compromete-se atacar os males que enfermam a sociedade em Angola. Por exemplo, diz que acaba com a pobreza num período de cinco anos; que vai voltar a colocar na Constituição a eleição directa do Presidente da República; promover uma Comunicação Social do Estado isenta e abrangente; promover a reconciliação nacional, construindo um futuro livre de rancores, entre outras promessas…
Participante do Conclave está Marta-Cristina. Foi deputada a Assembleia Nacional na I legislatura pelo extinto PLD.
A reunião termina nesta terça-feira.O dia reserva num dos pontos altos a assinatura dos Actos Constitutivos, para além da aguardada comunicação que vai ser feita por Abel Chivukuvuku.