Está oficialmente aberto o ano legislativo no Brasil. A presidente Dilma Rousseff iniciou os trabalhos numa sessão solene no Congresso Nacional, que destacou a crise polítca e a epidemia do vírus Zika.
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No seu discurso para aliados e opositores, ela fez questão de ressaltar os esforços feitos pelo governo para tirar o país da crise política e económica e de combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da microcefalia e da febre chikungunya.
Para tentar reerguer a economia brasileira, a governante petista pediu ajuda de todos os parlamentares para dar sequência ao ajuste fiscal e assegurar a retomada do crescimento.
“O Brasil precisa da contribuição do Congresso Nacional para dar sequência à estabilização fiscal e assegurar a retomada do crescimento," disse a presidente.
Dilma também apresentou as principais propostas do governo para 2016.
Entre elas pediu que o Congresso aprove uma proposta do governo que estipula limites para os gastos públicos. Outro para criar uma meta fiscal flexível para pagar as dívidas públicas conforme a arrecadação.
Ela ainda defendeu uma reforma na previdência com mudanças nas regras da reforma por idade e tempo de contribuição.
Mais uma vez, a Presidente defendeu a volta da CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - para reorganizar as contas do governo. Neste ponto, foi vaiada pelos parlamentares.
"Peço que levem em conta a excepcionalidade do momento. Levem em conta dados, e não opiniões que tornam a CPMF a melhor solução disponível para ampliar em um curto prazo a receita fiscal”, ponderou.
Em relação ao combate ao Aedes aegypti, a governante brasileira ressaltou que não está medindo esforços para acabar com a proliferação desse mosquito. Ela solicitou a colaboração dos parlamentares para a aprovação de medidas de combate ao Zika vírus, causador da microcefalia.
Por outro lado, ela não mencionou o processo de impeachment que pode enfrentar na Câmara dos Deputados, nos próximos meses por causa das pedaladas fiscais.
A oposição rapidamente reagiu ao discurso de Dilma.
O líder do bloco oposicionista, senador Aécio Neves (PSDB) ressaltou que nenhuma novidade foi dita pela Presidente da República.
“O que nós vimos no Congresso Nacional foi uma Presidente da República muito mais em busca de uma fotografia do que na busca do resgate de sua própria credibilidade, " disse Neves.
Para Neves, "ela repete as mesmas propostas constantes das outras mensagens enviadas ao Congresso Nacional e que jamais foram cumpridas”.