Vaga de candidaturas à Presidência na Guiné-Bissau

Guiné-Bissau, praia.

A ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Adiatu Djaló Nandigna, vai assumir a chefia do Governo substituindo Carlos Gomes Júnior, candidato às eleições

Depois que os magistrados judiciais, do Ministério Publico e Oficiais da Justiça terem cancelado a greve, resultado das negociações ontem com o Governo, hoje deram entrada no Supremo Tribunal de Justiça três candidaturas.

O independente Henrique Pereira Rosa, Aregado Mantenque Te, do partido trabalhista, e Carlos Gomes Júnior, do PAIGC, igualmente Primeiro-ministro guineense. São pretendentes ao cargo do Presidente da Republica, cujas eleições vão acontecer no dia 18 de Marco próximo. Enquanto não se registam ainda mais apresentações oficiais de candidaturas, além dos três, juntando-se ao Serifo Balde, do Partido Jovem que já a tinha feito, há duas semanas, o Supremo Tribunal de Justiça veio hoje prorrogar o prazo para a deposição das mesmas,o qual termina agora no dia 15 do corrente,isto para compensar dias perdidos em virtude da paralisação no sector judicial guineense.

Vaga de candidaturas à Presidência na Guiné-Bissau



Até aqui, de referir que muitos dos prováveis candidatos a este escrutínio presidencial ainda não formalizaram as suas candidaturas. É caso de Kumba Yala, do PRS, mas que tem mantido encontros em separado com líderes de algumas formações políticas e que, segundo fontes partidárias, deverá o fazer já na semana que vem.

De registar ainda as candidaturas de Serifo Nhamadjo, e Baciro Dja, ambos independentes e oriundos do PAIGC; Vicente Fernandes, da Aliança Democrática; e Afonso Te, com base de apoio do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento, que, segundo uma nota disponível, vai a fazer amanhã.
Entretanto, a ministra da Presidência do Conselho de Ministros da Guiné-Bissau, Adiatu Djaló Nandigna, vai assumir a chefia do Governo guineense, substituindo o actual primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, candidato às presidenciais de 18 de Março.

Por outro lado, A União Europeia entregou hoje à Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau uma ajuda de emergência de 320 mil euros, mas a entidade continua até agora sem mais apoios, disse o seu presidente.Desejado Lima da Costa, já tinha dito que na próxima semana a CNE entrará em "rotura financeira" se não forem disponibilizados 1,5 milhões de euros.

Enquanto as movimentações políticas estão centradas nas eleições presidenciais antecipadas, as quais perspectivam despoletar vários cenários políticos, os deputados voltam esta semana ao hemiciclo.Uma sessão que deve terminar no dia 2 de Março, mas que será dominada por debates eleitoralistas,visando, cada corrente, apoiar a sua tendência na corrida presidencial.