Mais uma cidadã de origem indiana foi na noite desta quarta-feira sequestrada em Maputo, elevando para 11, o número de casos registados nos últimos três meses na capital moçambicana.
Segundo informações oficiais, a mais recente vítima é uma cidadã ismaelita, cujo nome não foi possível apurar, mas que se afirma ser mãe de um empresário ligado ao grupo Agha Khan.
Ao nível oficial, a polícia continua com poucas palavras sobre a onda de sequestro, afirmando apenas que está a trabalhar para esclarecer os casos, que já são causa de grande alarme para a comunidade asiática em Maputo.
Nas poucas informações oficiais possíveis, a Polícia moçambicana revelou terça-feira ter detido o primeiro suspeito em conexão com a actual onda de sequestros.
Trata-se de um jovem de 28 anos de idade conhecido apenas pelo nome de Mahomed, que segundo a polícia, teria participado no rapto de uma cidadã paquistanesa, identificada pelo único nome de Suraya, a dia 28 de Janeiro.
Ainda no âmbito da investigação em curso, dois famosos cadastrados estão a ser investigados sob suspeita de envolvimento directo como mandantes dos raptos.
Trata-se de Nini Satar e Vicente Ramaya, que desde 2003 cumprem penas de prisão maior, acusados de envolvimento na morte do jornalista moçambicano Carlos Cardoso e do desfalque do extinto Banco Comercial de Moçambique.
De acordo com fontes seguras ao nível da Polícia da República, a dupla foi na noite de segunda-feira transferida da Cadeia da Máxima da Machava, vulgo BO, para as celas do Comando da Cidade, no âmbito da investigação em curso.
De acordo com a polícia há fortes indícios de que a dupla esteja por detrás dos sequestros e os investigadores entendem ser importante manté-la sob controlo policial total, para evitar ao máximo as possibilidades de contacto com o mundo exterior.
Sobe para 11 o número de raptos em três meses