Oito meses depois do seu controverso congresso, que foi marcado por cenas de violência na abertura, a FNLA continua a ser afectada por lutas internas.
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O presidente eleito Lucas Ngonda quer expulsar três membros do partido, incluindo o filho do fundador. E um dos seus opositores acusa-o de contactar o MPLA para tentar influenciar o tribunal constitucional.
O Tribunal Constitucional ainda não se pronunciou sobre a validade ou não do Congresso do histórico partido.
Fernando Pedro Gomes, um dos derrotados no pleito da FNLA e que solicitou a impugnação do congresso por irregularidades acusa o actual presidente, Lucas Ngonda, de estar a ser instrumentalizado, a manter o partido refém do regime no poder.
“Tomamos conhecimento que esta pessoa foi à sede do MPLA pedir que este pressione o Tribunal Constitucional afim de que o seu congresso seja aferido e depois ele iria cuidar da unidade da FNLA", acusou Gomes para quem “a FNLA nas mãos de Lucas Ngonda não existe”.
Lucas Ngonda reuniu o seu Bureau Político. Um dos pontos discutidos foi a solicitação de um processo para expulsar do partido três membros: Fernando Pedro Gomes, Ndonda Nzinga e Carlitos Roberto, filho do fundador da FNLA Alvaro Holden Roberto
Fernando Pedro Gomes disse que "o partido continua estagnado, hibernado, alheio aos problemas, e lançou um desafio a Lucas Ngonda para apresentar a lista dos membros que participaram no reunião do Bureau Político, que ele organizou”.
“Este foi mais um cenário montado por Ngonda para dar a entender que o partido está a funcionar, quando na verdade a FNLA está morta,” acrescentou.
Gomes espera “honestidade jurídica na apreciação do Tribunal Constitucional, porque as provas suficientes foram apresentadas que este congresso foi uma palhaçada".