Tropas dos Estados Unidos foram enviadas para a região central de África para ajudar as forças ugandesas e de outras nações a combater o Exercito da Resistência do Senhor.
Trata-se da iniciativa de maior dimensão dos Estados Unidos para erradicar o grupo é acusado do massacre de civis, mutilações, raptos de crianças e a utilização de crianças como soldados que decorre nas últimas duas décadas.
As tropas norte americanas têm aterrado no Uganda e dali podem ser enviadas para a Republica Centro Africana, a Republica Democrática do Congo e o Sudão do Sul – áreas onde opera o Exercito da Resistência do Senhor – uma força avaliada em cerca de 400 homens.
As tropas americanas só se envolverão em combates em casos de auto-defesa, tendo o porta-voz do Pentágono sublinhado que as forças estão preparadas para ficar o tempo necessário para permitir às forças de segurança regionais continuar, de forma independente, a trabalhar para obrigar o Exercito da Resistência do Senhor a abandonar um território extremamente vasto e deixado à anarquia.
O envio do contingente culmina anos de iniciativas por parte de grupos dos direitos humanos a chamarem a atenção do Congresso dos Estados Unidos e a Casa Branca da necessidade de Washington actuar contra o mais violento grupo de guerrilha que já fez várias dezenas de milhares de mortos e quase dois milhões de deslocados.
A ameaça não tem impacto directo na segurança dos Estados Unidos, mas Washington considera o Uganda um parceiro forte na região, essencialmente nas iniciativas de pacificação na Somália.
O analista de Defesa da Brookings Institution Michael O´Hanlon considera que o envio daquela unidade constitui um pequeno investimento que pode dar grandes resultados para os Estados Unidos.
“Os Estados Unidos têm interesse na Somália e em que o governo ugandês continue a manter forças na Somália, uma nação que deu abrigo a grupos da al-Qaida.”
John Bradshaw prefere não especular sobre os possíveis motivos dos Estados Unidos, indicando ser importante que Washington esteja a fornecer apoio para a protecção de civis.
O Uganda e outras nações não foram capazes que erradicar aquele grupo, que se separou e dispersou, nas matas, em pequenas unidades.
Os dirigentes norte americanos esperam que o contingente a que pertencem forças especiais, comandos de elite utilizados nas operações anti-guerrilha, irá actuar nos sectores ameaçados pelo Exercito de Resistência do Senhor.