Moçambique parou hoje para celebrar a passagem dos 25 anos da morte do primeiro presidente da República, Samora Moisés Machel.
Num dia em que foi decretada tolerância de ponto ao nível nacional, milhares de pessoas, entre nacionais e estrangeiros, prestaram homenagem a Samora Machel, em cerimónias oficiais que iniciaram na Praça dos Heróis Nacionais.
O principal momento foi marcado pela inauguração de uma estátua de Machel, com nove metros de altura, erguida na Praça da Independência, na “baixa” da cidade do Maputo, um local em que o antigo estadista proferiu vários comícios populares e anunciou parte das principais decisões do seu governo.
No seu discurso de ocasião, o presidente Armando Guebuza, realçou a vida e obra de Samora Machel, como principais aspectos a serem celebrados.
Graça Machel, viúva do chamado pai da nação moçambicana, disse nas suas declarações, que mais do que celebrar a vida e obra, o importante seria que a sociedade preservasse os ideais e o legado de Samora, como a principal homenagem.
“Nós estamos habituados a ver alunos compraremem notas e professores a venderem notas; Estamos habituados a fazer esquemas para ganhar dinheiro...pagar polícias para nos deixar passar. São coisas que parecem pequenas, mas pressão completa de valores”, disse Graça Machel.
As cerimónias dos 25 anos da morte de Samora Machel tiveram como convidados especiais, os presidentes do Zimbabwe, Robert Mugabe, do Botswana, Ian Khama, da África do Sul, Jacob Zuma e do Brasil, Dilma Rousseff, e outras personalidades africanas, com destaque para o antigo chefe de Estado da Zâmbia, Keneth Kaunda.
Refira-se que a presidente brasileira Dilma Rousseff, que no final desta tarde deixou Maputo para uma visita oficial a Angola, teve na sua passagem por Moçambique, uma agenda que acabou sendo de improvisos e encurtada, facto que fontes próximas da diplomacia brasileira, se deveu a questões internas do seu país, que a obrigam a regressar em breve.