A Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA) protelou hoje a manifestação pública em que deveria reivindicar os atrasos na execução do programa eleitoral do MPLA e da partidarização das estruturas públicas.
O secretário para os assuntos eleitorais e constitucionais da JURA, Paulo Pascola da Costa Vunge, disse que não era intenção confrontar a organização similar à do partido no poder, que paralisou ontem o curso normal das aulas na maioria das escolas da cidade de Malanje.
“A JMPLA, organização juvenil do MPLA usando da cobardia política que lhe é característico agendou para a mesma data a sua manifestação denominada ‘PACIFICA´; a JURA acha ser atitude que não reuniu bom senso por parte da autoridade competente ao admitir uma confrontação directa entre a Jura e JMPLA no mesmo espaço político e geográfico.
A Unita, parte dos acordos de paz em Angola, é promotora e responsável pela consolidação da paz, pelo que achou de inútil uma confrontação directa entre a JMPLA e a JURA, ela não precisa encetar uma luta contra quem quer que seja, baseia promover uma luta reivindicativa dos direitos do cidadão”.
O partidário da Unita ao considerar de escassos os recursos mobilizadores da JMPLA, referiu ser má fé ameaçar os estudantes com suspensões ou expulsões caso não aderissem à manifestação e marcha de solidariedade à paz realizada ontem e hoje nesta cidade.
Paulo Pascoal da Costa Vunge ao protelar a manifestação da sua organização, atinou que as manifestações pacíficas fazem-se em quaisquer circunstâncias, mas as manifestações pela paz fazem-se lá onde houver ambiente de guerra, fim de citação.
As ruas de acesso ao largo Hoji-Ya-Henda, defronte a sede do Governo Provincial de Malanje foram interditas a viaturas, motociclos e bicicletas.
A passeata da JMPLA por algumas artérias desta urbe reuniu perto mais de duas mil pessoas, entre militantes daquela classe e estudantes.