EUA, Paquistão e Afeganstão reafirmam luta comum contra terrorismo

EUA, Paquistão e Afeganstão reafirmam luta comum contra terrorismo

Troika dos ministros dos Negócios Estrangeiros em Islamabad para fazer o ponto de situação depois da morte do líder da al-Qaida

Troika dos Ministros dos Negócios Estrangeiros

Depois de um encontro hoje em Islamabad, os Estados Unidos, o Paquistão e o Afeganistão reafirmaram o compromisso de continuar a cooperação na luta anti-terrorista depois da morte de Bin Laden.

O enviado especial americano para o Paquistão e Afeganistão, Marc Grossman disse que a morte do líder da al-Qaida não significa a o fim do terrorismo.

Reunidos na capital paquistanesa, um dias depois da morte de Bin Laden, os chefes das diplomacias do Paquistão, do Afeganistão e dos Estados Unidos prometeram em continuar a luta contra o terrorismo.

O ministro paquistanês dos negócios estrangeiros, Salman Bashir disse a jornalistas que os três países concordaram em concentrar os esforços da cooperação conjunta para a estabilidade e o desenvolvimento do Afeganistão.

“O que estamos a tentar fazer é perspectivar o futuro. A questão de Bin Laden passou a história, e penso que não queremos manter as nossas atenções viradas para o passado.”

O enviado especial americano para o Afeganistão e Paquistão, Marc Grossman concordou com o chefe da diplomacia paquistanesa e disse que a morte de Bin Laden não significa que a guerra contra o terrorismo termina aqui.

“Ele está morto, e é bom, e temos ainda que lutar contra o extremismo. Como disse o ministro dos negócios estrangeiros, Bashir, por favor não percam de vista o facto que tivemos este encontro trilateral aqui sobre a paz no Afeganistão.”

O vice-ministro dos negócios estrangeiros afegão, Jawed Ludin disse por sua vez que a morte de Bin Laden não uma vitoria apenas para os Estados Unidos.

“Não é um inimigo apenas dos Estados Unidos, de que estamos a falar sobre a sua morte. A justiça foi feita em nome de milhões de muçulmanos.”

O enviado especial americano Marc Grossman concordou dizendo que Bin Laden subverteu governos democraticamente eleitos na região e foi um destacado assassino de civis, o que lhe faz de um inimigo do Paquistão e do Afeganistão, tal como dos Estados Unidos da América.

O governante americano rejeitou entretanto as críticas levantadas no Paquistão, segundo as quais a falta de provas visuais da morte de Bin Laden conduz a dúvida sobre a responsabilidade dos americanos na sua morte.