Os programas preventivos de combate a endemias na província angolana do Namibe estão a ser dificultados pela falta de coordenação com outros sectores da vida publica, como é o caso do saneamento básico, abastecimento de aguas e outros.
Nesta altura do ano a provincia regista um numero elevado de moscas, as águas paradas transformaram-se em charcos que potenciam a reprodução de mosquitos, os veitores de malaria.
Apesar d as dificuldades os tecnicos do departamento de saúde dirigidos pela Dra. Rebeca Josefa Cangombe, directora de Saude na Provincia do Namibe, dizem que estão a reforçar medidas preventivas e de combate ao surto de conjuntivite que ameaça fechar empresas públicas e privadas na provincia, segundo revelou o supervisor de promoção e mobilização de saúde publica, Luciano Ngola.
«Estamos a trabalhar no sentido de que a doença não se alastre. Se isso se alastrar, então vai afectar as empresas publicas e privadas que poderam fechar as portas, causando prejuizo para a economia», afirmou.
TUBERCULOSE ATACA CRIANÇAS
A doença da tuberculose ainda é encarada com algum tabu no seio das comunidades, segundo revelou à Voz de America, o supervisor daquela especialidade, Francisco Ngula, que tambem, avançou alguns dados diagnosticados ao longo do primeiro trimestre do ano em curso.
No primeiro trimestre do ano foram registados u 250 casos de tuberculose. Esses números contudo podem estar longe da realidade.
Os numeros pecam pelo facto de haver muitas pessoas na província portadores da tuberculose e não fazem tratamento. O supervisor Francisco Ngula afirma que muitos destes cidadão, são os potenciais dissiminadores da doença.
«Quando escarram sem o mínimo de cuidado, obviamente que contaminam a outras pessoas», frisou. A falta de alimentação adequada para as crianças, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas nas comunidades adultas «uma das práticas comuns nesta urbe» e o uso de tabaco, potencia a prevalencia da doença na Província.
NAMIBE NÃO TEM MEDICAMENTOS PARA TRATAMENTO DE LEPRA
O problema parece ser nacional, mas autoridades da Saúde pública na provincia, não escondem a preocupação pela rotura de stoks de medicamentos para o tratamento de lepra, segundo revelou Zacarias Kuenha, supervisor de combate a lepra á Voz de America.
«Registamos neste primeiro trimestre do ano em curso, quinze novos casos de lepra,» disse
A rotura de medicamento deu-se desde as primeiras semanas do mês de Janeiro e deixa os tecnicos de saude publica de mãos atadas.
«Em termos de medicamentos, estamos carentes, portanto já não há reservas de medicamentos, o problema é Nacional», disse.
Apesar destas dificuldades, os Tecnicos de saude publica no Namibe, dizer estar empenhados na luta preventiva e curativa de endemias.
Não há medicamentos para combater a lepra