Síria: Nações Unidas adoptam resolução condenando a repressão

Síria: Nações Unidas adoptam resolução condenando a repressão

Reunido em Genebra, o Conselho dos Direitos Humanos da ONU adoptou a sanção e vai enviar equipa de investigação ao terreno

O Conselho do Direitos Humanos das Nações Unidas acaba de aprovar uma resolução americana condenando a repressão na Síria. O documento exige o envio urgente de uma missão para investigar a violência contra os direitos humanos.

Segundo a Agencia Press a resolução foi adoptada por 26 votos a favor, 9 contra e 7 abstenções.

Hoje milhares de manifestantes anti-governamentais desafiaram as ameaças de repressão governamental e saíram a rua hoje, num movimento de protestos denominado de “dia da ira”.

Na cidade de Deraa onde segundo o governo as suas forças foram alvos de ataques, 6 pessoas, entre militares e civis foram mortas.

A agência estatal de notícias iraniana cita um porta-voz das forças armadas confirmando a morte de 4 soldados e a captura de dois outros enquanto descrevia o que chamou de ataque terrorista em Deraa. Duas outras vítimas eram civis. O mesmo oficial disse que homens armados atacaram um posto militar na cidade durante a madrugada de hoje.

As agências ocidentais citam por seu lado testemunhos que disseram que as forças de segurança dispararam contra os manifestantes na cidade costeira de Latakia. Houve manifestações numa dezena de cidades, incluindo Homs, Banias e Qamishli. Na cidade de Deraa os militares dispararam para o ar em tentativa de abortar os protestos.

Opositores ao presidente Bashar al-Assad tinham apelado manifestações por todo país depois da oração de Sexta-feira num movimento denominado de “dia da ira”.

O erradicado grupo sírio Irmandade muçulmana, juntou-se pela primeira vez e directamente aos protestos. Num comunicado o grupo apelou aos cidadãos a saírem a rua e pediu-os para “não deixarem que o tirano os escravize”.

Testemunhas reportaram confrontos entre duas divisões do exército na cidade de Deraa, num acto que poderá assinalar a existência de divisões internas dentro das forças armadas, depois da demissão em bloco ontem de mais de 200 membros do partido Baas.