Angola: fosso entre ricos e pobres na visão do MPLA e da Igreja

  • Teodoro Albano

Banco Nacional de Angola

A ostentação excessiva de riqueza de origem duvidosa por uns poucos e a extrema pobreza manifestada pela maioria da população tem trazido à superfície a ideia do aumento do fosso entre ricos e pobres num país potencialmente rico.

A gestão dos recursos que Angola dispõe e sobretudo a sua melhor distribuição pelos angolanos tem estado no centro do debate em vários círculos do país.

A ostentação excessiva de riqueza de origem duvidosa por uns poucos e a extrema pobreza manifestada pela maioria da população tem trazido à superfície a ideia do aumento do fosso entre ricos e pobres num país potencialmente rico.

Sobre o assunto o MPLA defende-se. O partido que sustenta o governo revela em tom irónico que não detém a academia de formação de ricos e pobres e que o fenómeno social é antigo e por isso o partido não deve ser apontado como responsável pela situação.

Na visão do secretário para os assuntos políticos e sociais do MPLA na Huíla, José Miúdo Ndambuka, Angola não é um caso a parte no mundo no que a diferença entre ricos e pobres diz respeito e garante a aposta do executivo angolano em investir para diminuir o fosso;

“A sociedade dos iguais, nós não podemos tê-la, a vida tem que caminhar de uma forma equilibrada, quem tem mais dá ao que tem menos, mas através do trabalho, torno a repetir, através do trabalho por isso tem de se investir no país para diminuir este fosso”.

Para a Igreja a distribuição equilibrada do rendimento nacional é fundamental para a consolidação da paz e reconciliação nacional.

O reverendo Dinis Marcolino Eurico, da Igreja Evangélica, reconhece os esforços das autoridades angolanas nesse domínio, mas diz que é preciso fazer-se mais;

“Está-se a fazer alguma coisa mas tem que se aprofundar mais esta área porque é realmente esta área que às vezes é aproveitada, passe a expressão, por charlatães que se aproveitam dessa pobreza e diz, olha vem cá você vai ficar rico teus problemas vão acabar e as pessoas são enganadas. Aqueles de quem de direito devem ter em conta que uma boa distribuição desta riqueza que Deus nos deu trará aquilo que vai trazer harmonia e também o bem-estar social a paz social como dizem os políticos.”

Igreja na Huíla defende melhor distribuição da riqueza para que haja harmonia e bem-estar social e se promova a paz em Angola.