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Brasil: UNESCO lança "História Geral da África" em português


Brasil: UNESCO lança "História Geral da África" em português
Brasil: UNESCO lança "História Geral da África" em português

O material foi compilado ao longo de 30 anos por 350 pesquisadores

Promover um novo olhar sobre a África. É com essa proposta que está sendo lançada, em eventos realizados nas principais capitais brasileiras, a coleção da UNESCO “História Geral da África”. O lançamento oficial da obra, ocorreu na cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais.

A coletânea completa - editada em inglês, francês e árabe - está disponível agora, pela primeira vez, em oito volumes em português. O material foi construído ao longo de 30 anos por 350 pesquisadores coordenados por um comitê de 39 especialistas, sendo dois terços deles africanos.

A tradução da coletânea é vista como um importante suporte para mudar algumas visões distorcidas que os brasileiros têm sobre o continente africano. A ideia é construir no Brasil uma consciência coletiva em torno da relevância da relação do país com a África.

O representante da UNESCO no Brasil, Vincent Defourny, explica que a proposta de apresentar uma nova forma de ver a África nasceu na década de 60. “Esse projeto nasceu quando os países africanos pediram à UNESCO ajuda para organizar uma história da África a partir da África. Não mais um olhar europeu sobre o aconteceu no continente,” explica.

Um dos coordenadores da edição em português da coleção “História Geral da África”, Valter Roberto Silvério, avalia que a importância do material disponível agora para os brasileiros pode ser dividida em três momentos. “Ela traz, primeiro, mais de 15 quilos de história da África, mais de oito mil páginas. Segundo, ela traz uma África que nós brasileiros fomos impossibilitados de ter acesso, uma história mais próxima da realidade do que ocorreu no continente africano. Em terceiro, ela (a coleção) traz para a população em geral, em especial para a afrodescendente, a possibilidade do reencontro com suas origens, ma medida em que vamos descobrir nessa coleção a história dos vários povos e grupos que vieram para o Brasil,” detalha.

Para o Coordenador de Diversidade do Ministério da Educação Brasileiro (MEC), Antônio Mário Ferreira, a tradução vai servir de suporte para o ensino da história da áfrica nas escolas brasileiras.

Um segundo projeto prevê o uso da obra como base para o desenvolvimento de material didático a ser usado diretamente com crianças e adolescentes. “Teremos a confecção de um resumo em dois volumes da coleção para ser usada nas universidades, além de quatro fascículos de material didático para ensino infantil, médio e fundamental com um atlas para o professor acompanhar o trabalho. Seria o material para uso na sala de aula dentro dos esforços para a aplicação da lei que determina o ensino da cultura e história da África”.

Para o representante do MEC, a tradução da coleção, além de trazer para os brasileiros a história real e completa dos africanos não mais pelo olhar do europeu, tem impacto também fora do Brasil. “A qualidade da tradução deu a capacidade de termos material para outros países de língua portuguesa conhecer a história da África”.

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