Kwanza-Sul: Autoridades tentam aliviar congestionamento do Hospital de Sumbe

Kwanza-Sul: Autoridades tentam aliviar congestionamento do Hospital de Sumbe

Governador provincial prometeu solucionar os problemas de enfermarias mistas com o recurso a tendas de campanha

O hospital Geral “17 de Setembro”do Sumbe vai brevemente beneficiar de reforço consubstanciado em tendas sanitárias para descongestionar o estabelecimento.

A possibilidade foi avançada pelo governador, Serafim Maria do Prado, no final da visita de surpresa que efectuou a única unidade sanitária de referência na província.

Decepcionado com o actual estado e funcionamento do hospital, o chefe do executivo do Kwanza-Sul deixou promessa de tudo fazer para aquisição das referidas tendas sanitárias de forma a separar os doentes de sexos opostos e o atendimento de crianças nos corredores.

O governante reconheceu as péssimas condições que estão sujeitos os pacientes que idos de diversos pontos da província vão em busca de melhorias na cidade capital da província.

Para efeito almeja dias melhores para aquela unidade hospitalar de forma a responder os desígnios do governo na devolução de melhores condições de saúde às populações.

Verdade é que a unidade hospitalar em referência não oferece nos dias que correm condições propícias tanto de internamento, alimentação e higieno-sanitárias para dignificar os propósitos do governo angolano no que tange a oferecer condições de saúde aceitáveis às populações.

No Sumbe a exemplo de outras unidades hospitalares espalhadas um pouco por toda província, registam carência de quase tudo contrariando a política administrativa do governo em potenciar todas unidades hospitalares com orçamento próprio.

Mateus Miguel reside na Kilenda. Tem 45 anos de idade e está no Sumbe com seu filho de apenas 6 anos de idade em estado de doente e, está internado na pediatria do hospital geral 17 de Setembro do Sumbe.

Para o cidadão que percorreu mais de 120 quilómetros de estrada, as condições de internamento no Sumbe pecam pela negativa a julgar por tudo quanto tem vivido com o seu rebento e disse à Voz da América, cito: «Vim ao Sumbe para ver melhorias ao meu filho mas, por tudo quanto temos vivido, temo ainda mais pela saúde do pequeno». Disse Mateus.

Instado sobre o que pretende fazer, Mateus Miguel almeja abandonar o hospital e rumar para a vizinha província de Benguela onde segundo disse as condições são as melhores e volto a citar: «Penso tirar meu filho daqui e levá-lo a Benguela porque lá as condições são das melhores».

E NO HOSPITAL DA GABELA CRIANÇAS ESTÃO INTERNADAS EM CNDIÇÕES IMPRÓPRIAS.

Se no Sumbe as condições já não são das melhores em termos de internamento, na pediatria do Hospital da Gabela no município do Amboim, são ainda piores.

Na Gabela as crianças ali internadas estão a dormir em esteiras, confeccionadas de fibras de palmeiras.

Com o clima húmido que o Amboim detém, essas crianças estão propensas a doenças respiratórias agudas a partir do hospital tendo em conta que a esteira em referência absorve humidade, além de ser muito dura para o desagrado dos pais que ao amanhecer vêem seus filhos acordarem marcados com o sinal de esteira.

O único hospital que respira saúde no Kwanza-Sul é o do Libolo que até bem pouco tempo mereceu obras de restauro em todas suas vertentes faltando apenas o reforço em corpo clínico e técnicos de enfermagem com qualidade aceitável.

É assim que a par da aquisição das tendas, Serafim do Prado tem em vista uma remodelação no quadro directivo do hospital geral “17 de Setembro” do Sumbe e quiçá de outras unidades existentes na província.