Delegados de todos os países africanos reuniram-se esta semana em Nairobi para uma conferência pan-africana sobre habitação e planeamento urbano.
Em destaque problemas tais como a poluição e o congestionamento de trânsito nas grandes cidades africanas.
Joan Clos, director da agência das Nações Unidas UN Habitat afirmou à imprensa em Nairobi que a África é agora a região do Mundo com o ritmo de urbanização mais rápido. De acordo com as previsões da ONU a população urbana do continente vai triplicar nos próximos 40 anos.
De acordo com Clos, o crescimento mais acelerado vai verificar-se nas cidades de dimensão média com 500 mil a 1 milhão de habitantes.
Acrescentou que o aumento dos preços da energia em paralelo com as mudanças climáticas poderão dar origem a uma nova era do planeamento urbano: “ Nas cidades consumimos muita energia em transportes, indústrias e edifícios para aquecer e arrefecer e as cidades vão ser muito diferentes devido ao aumento do preço da energia”, disse ele.
A quarta conferência ministerial africana para a habitação e desenvolvimento urbano reuniu na capital queniana delegados de muitos países africanos.
O ministro queniano da habitação Soita Shitanda afirmou que os delegados iriam partilhar as suas experiências em matéria de problemas urbanos incluindo os bairros de lata e as legislações sobre desenvolvimento urbano: “Estamos particularmente preocupados com os modos de criar programas nas zonas urbanas que sejam capazes de fazer frente a esses problemas, principalmente os que dizem respeito à habitação e infra-estruturas”, afirmou ele.
Outro problema afectando as cidades africanas é o congestionamento do trânsito automóvel tal como referiu à VOA Joan Clos da UN Habitat: “ Esse problema pode ser resolvido com um melhor planeamento urbano especialmente através do alargamento e interligação das ruas. É algo que nos interessa de sobremaneira visto que uma melhor gestão do trânsito implica menos consumo de energia.”
De salientar que à margem desta conferência em Nairobi a organização humanitária “Amnistia Internacional” realizou uma série de seminários analisando as violações dos direitos humanos de habitantes de bairros de lata cometidas por vários governos africanos.
Aquela organização salientou especialmente os despejos forçados de residentes e a falta de saneamento básico a que estão sujeitos.
Em destaque problemas tais como a poluição e o congestionamento de trânsito nas grandes cidades africanas.