Obama e Dilma procuram nova relação entre EUA e Brasil

  • Cristiane Vieira

Obama e Dilma procuram nova relação entre EUA e Brasil

"Vai ser uma visita sob o signo da mudança"- diz especialista americano Robert Carvooris

O presidente Barak Obama inicia esta semana uma visita à America do Sul e passará pelo Brasil no sábado. Os Estados Unidos estão interessados em garantir o acesso aos recursos energéticos e na influência diplomática do Brasil.

Depois de dois anos na presidência dos Estados Unidos, Barack Obama escolheu o momento em que o Brasil se destaca nos âmbitos econômico e diplomático no cenário internacional e o início do governo de Dilma Roussef para sua primeira visita ao país. Para Robert Cavooris, especialista em assuntos internacionais, uma mudança na relação entre os dois países dará o tom da visita.

"O que era até certo ponto uma relação de dependência do Brasil com os Estados Unidos em vários aspectos. O Brasil tem agora muito poder nessa relação e muito mais poder na América Latina e até mesmo no cenário internacional. Então há realmente um forte interesse dos Estados Unidos em manter esta relação", afirma Cavooris.

O pesquisador do Conselho dos Assuntos Hemisféricos, umas organização de estudos internacionais em Washington, destaca que a Casa Branca estaria especialmente interessada no acesso aos recursos energéticos brasileiros.

"A descoberta de reservas de óleo e gás. Isso é algo enorme para Washington, algo em que Washington obviamente estará sempre interessando em estar envolvido. Porque provavelmente em breve o Brasil exportará esses recursos, porque são mais ou menos auto-suficientes em energia. Então há realmente um interesse nos Estados Unidos em manter esse relacionamento", diz.

No ambito politico, Robert Cavooris considera que o prestígio internacional do Brasil seria muito atrativo para Washington e foco da visita de Obama ao país.

“Com a crescente influência diplomática na America Latina e internacionalmente, se os Estados Unidos puderem ter o Brasil a seu lado em certos debates diplomáticos, haveria uma grande expansão na diplomacia norte-americana”, finaliza.