Angola: Governo opõe-se a auditoria do recenseamento exigida pela UNITA

Angola: Governo opõe-se a auditoria do recenseamento exigida pela UNITA

O governo angolano não vai aceitar a auditoria ao ficheiro central do registo eleitoral que foi exigida pelo Galo Negro

O governo angolano não vai aceitar o tipo de auditoria ao ficheiro central do registo eleitoral que foi sugerido pelo principal partido da oposição, UNITA.

Quem o afirmou foi o ministro da administração do território, Bornito de Sousa.

“Não faz qualquer sentido e se este pedido for feito formalmente não será aceite”, declarou ele durante um encontro informal com jornalistas.

Ele disse que, a ser aceite a sugestão da UNITA poderia abrir-se um precedente fazendo com que qualquer outro partido pudesse, isoladamente, agir da mesma forma sempre que quizesse.

Bornito de Sousa garantiu que o Governo vai apenas cumprir o que está previsto na lei sobre o assunto.

O ministro da administração do território, socorreu-se do artigo 211 da lei orgânica dos processos eleitorais que prevê auditoria àquela estrutura a ser feita por uma entidade independente.

A direcção da UNITA reiterou esta segunda-feira que em Fevereiro vai exigir uma auditoria técnica ao ficheiro informático central do registo eleitoral para se aferir da boa qualidade da informação técnica armazenada desde 2007 e testar a integridade da base de dados a ser utilizada nas próximas eleições gerais.

O principal partido da oposição angolana entende que "somente uma auditoria credível poderá dissipar dúvidas, eliminar fundadas suspeições e ajudar a corrigir os efeitos dos atropelos à lei”.