As autoridades cabo-verdianas estão a trabalhar empenhadamente para que a UNESCO reconheça o valor histórico do ex Campo de Concentração do Tarrafal, atribuindo à antiga colónia prisional mandado construir pelo regime Salazarista, o estatuto de “Património Mundial”.
Em entrevista exclusiva a VOA, o presidente da Câmara municipal do Tarrafal de Santiago, João Domingos Correia, disse que o actual ministro da Cultura, Mário Lúcio Sousa, que por sinal é um tarrafalense, está seriamente engajado nesta campanha. O autarca destaca também a manifestação de apoio de outros quadrantes políticos, oriundos sobretudo de Portugal.
O presidente da Câmara do Tarrafal considera ser fundamental Cabo Verde contar com o apoio de outros países africanos de língua portuguesa, porquanto o ex Campo de Concentração não se resume apenas a vida do arquipélago, já que cidadãos sobretudo de Angola e Guiné Bissau, também viveram as agruras da prisão considerada por “morte lenta”.
Tal como aconteceu com a Cidade Velha, as autoridades cabo-verdianas querem que o ex Campo de Concentração do Tarrafal seja classificado pela UNESCO, como Património Mundial da Humanidade.
Fundamental Cabo Verde contar com o apoio de outros países africanos de língua portuguesa