Uma delegação da União Africana pediu ao Conselho de Segurança da ONU para aprovar o alargamento da sua missão na Somália e para que lhe forneça apoio logístico e outro tipo de ajuda necessária para combater os rebeldes islâmicos que desafiam o governo de transição e ameaçam a paz e a segurança no Corno de África.
O comissário da União Africana para a Paz e Segurança, Ramtane Lamamra, pediu aos 15 membros do Conselho de Segurança para que aumentem a força da sua missão de 12 mil para mais de 17 mil homens.
Lamamra pediu também ao Conselho – que está a financiar a missão, com a designação AMISOM – para que forneça todos os meios necessários, tais como apoio táctico e logístico, bem como helicópteros para transporte de tropas.
Lamamnra notou que os ganhos obtidos no terreno pela AMISOM e pelas forças do governo federal de transição têm que ser protegidas e reforçadas.
Disse ele: “Pela primeira vez, nos últimos 20 anos, a quase totalidade de Mogadixo está agora sob controlo das forças governamentais. Adicionalmente, as operações militares noutras zonas do país desencadeadas pelas forças do governo – com o apoio do Quénia e da Etiópia – enfraqueceram ainda mais os extremistas da al-Shabaab”.
A AMISOM é constituída por tropas do Uganda e do Burundi. O Burundi juntou-se, recentemente, à missão tendo enviado 850 soldados.
As tropas do Quénia e da Etiópia estão a actuar no Sul e no Leste da Somália, respectivamente, mas não fazem parte da missão da União Africana, que se pretende fazer agora. Mas, existem o que designam por “questões de comando e controlo” porque tem havido tensões entre oficiais quenianos e ugandeses sobre se os quenianos poderão ficar submetidos ao comando militar ugandês.
Actualmente, a União Uuropeia está a pagar os salários de cerca de dez mil soldados da UNISOM, mas não é claro se, com a sua actual crise financeira, os europeus estarão dispostos a pagar os salários de seis mil soldados adicionais.