O Plenário da CNE reuniu-se nesta quinta-feira para deliberar sobre quatro pontos essenciais, entre os quais se destacam aqueles que têm haver com a implementação de decisões anteriormente tomadas, assim como a supervisão do registo eleitoral.
Falando à imprensa, no final dos trabalhos, a porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, sublinhou o facto de ser possível trabalhar, mesmo que se tenham em falta ainda, alguns diplomas legais que estão por aprovar,numa altura em que a oposição com assento parlamentar continua a boicotar as sessões.
A direcção da UNITA, PRS e FNLA lembre-se, tinham decidido pela não tomada de posse dos seus representantes junto da CNE, como forma de protesto contra a designação de Suzana Inglês para o cargo de presidente.
O maior partido na oposição em Angola aguarda ainda uma resposta do Tribunal Supremo, por causa de uma petição a ele remetida.
Perante informações segundo as quais uma saída negociada da crise estava a ser encontrada, Raul Danda, presidente do grupo parlamentar da UNITA, não só não confirmou a iniciativa, como continuou a dizer que era do partido no poder de quem se espera um sinal.Danda sublinhou, a propósito, que o MPLA tinha falhado.
Mas, olhando para o regulamento deste órgão, facilmente se compreende que nada impede que a CNE funcione.Á título de exemplo, para que o Plenário possa reunir, basta que haja metade do número dos seus membros. Dos dezassete, onze deles são MPLA ou estão a ele ligados.
Nestas condições,a CNE vai continuar a trabalhar e a tomar decisões dentro dos marcos daquilo que é fixado por lei.Este é um quadro que tem despertado atenção dos observadores em Luanda.
Para o jornalista e analista de política Reginaldo Silva, o processo está, de facto, numa encruzilhada e há que encontrar soluções…
O maior partido na oposição em Angola aguarda ainda uma resposta do Tribunal Supremo, por causa de uma petição a ele remetida.