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África Subsaariana: Diarreia mata mais de três mil crianças por dia



A celebração do Dia Mundial da àgua em Carachi, no Paquistão
A celebração do Dia Mundial da àgua em Carachi, no Paquistão

Onze por cento da população mundial – ou seja, 783 milhões de pessoas – ainda não têm acesso a água potável

O mundo atingiu o objectivo do Desenvolvimento do Milénio de reduzir a metade o número de pessoas sem acesso a água potável metade,cinco anos antes da data limite de 2015.

Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Criança (UNICEF) e pela Organização Mundial de Saúde refere que 89 por cento da população mundial, ou seja mais de seis mil milhões de pessoas, têm agora acesso fontes de água potável.

O relatório da ONU refere que a maior parte das pessoas no mundo têm agora acesso a água potável. E adianta que, entre 1990 e 2010, mais de dois mil milhões de pessoas obtiveram acesso a água canalizada, a poços protegidos e a outras fontes melhoradas de água limpa.

Estas são as boas notícias. As más, diz a ONU, é que pelo menos 11 por cento da população mundial – ou seja, 783 milhões de pessoas – ainda não têm acesso a água potável.

Sanjay Wijesekera é o responsável pelo sector da água, saneamento e higiene da UNICEF. Diz ele: “Mais de três mil crianças morrem, diariamente, de diarreia, sendo mesmo a principal causa de morte na África Subsaariana. E isto deve-se à falta de acesso a água potável, a instalações sanitárias e a falta de higiene”.

O relatório refere que, globalmente, mais de 40 por cento de todas as pessoas que não têm acesso a água potável vivem na África Subsaariana.

Ainda no relatório da ONU se observa que não só os países mais ricos melhoraram a qualidade da água e dos serviços de sanidade e que algumas das nações mais pobres também o fizeram com resultados notáveis. E cita, a propósito, o caso do Malawi, onde metade da sua população de cerca de 15 milhões tem acesso a água potável. O Burkina Fasso obteve resultados semelhantes.

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