Decisão poderá aumentar receios de falta de transparência
Numa decisão que poderá aumentar a apreensão sobre a corrupção e nepotismo o filho mais velho de José Eduardo dos Santos, José Filomeno, vai controlar o Fundo Soberano de Angola (FSDA), de cinco mil milhões de dólares.
O fundo, que sucede ao fundo petrolífero, foi criado em Outubro de 2012 para investir domesticamente e no exterior do país os recursos gerados pelas exportações de petróleo em infra-estruturas e outros projectos tendentes a diversificar a economia angolana, fortemente dependente dos hidrocarbonetos.
Na altura foi nomeado director do fundo Armando Manuel que contudo foi exonerado em maio deste ano quando foi nomeado ministro das finanças.
O outro membro do conselho de administração é Hugo Gonçalves.
Quando o fundo foi criado em Outubro a nomeação do filho do presidente para administrador provocou algumas criticas de nepotismo não servindo, segundo se disse na altura, para dissipar a imagem de corrupção entre os governantes de Angola.
A agencia Reuters disse na altura da formação do fundo que a presença dofilho de dos Santos na administração “deverá levantar questões sobre a transparência” do fundo.
A Reuter entrevistou na altura Filomeno dos Santos que disse que “a transparência do fundo será garantida por estritas normas de auditoria e publicação de dados e por uma política de investimentos a ser anunciada em breve”.
Só agora contudo é que foi divulgada a a Política de Investimento.
Segundo o documento, "a alocação diversificada de ativos sob gestão do FSDEA apoiará três critérios fundamentais: preservação do capital, maximização dos retornos a longo prazo e desenvolvimento infra-estrutural".
Concretamente, até metade das verbas do FSDA serão investidas em rendimentos fixos e instrumentos de caixa emitidos pelas agências soberanas, instituições supranacionais, grandes empresas com grau de investimento ou instituições financeiras e, também, em títulos de participação societária emitidos no G7, refere o documento.
O restante das verbas será dirigido para investimentos alternativos, incluindo, os mercados emergentes, de alto rendimento, dos “commodities”, da agricultura e da mineração, da infraestrutura, imobiliário, dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e em títulos de participação societária de mercados fronteiriços, e oportunidades exclusivas em ativos depreciados.
Para já, o FSDA vai concentrar os investimentos no sector hoteleiro, através da criação de um denominado Fundo Hoteleiro para África.
Nesse sentido, o comunicado refere que foi lançado um concurso "a operadores que lideram o ramo hoteleiro internacional" para desenvolver e operar uma carteira de hotéis de negócios de três a cinco estrelas em toda a África subsaariana.
A construção de uma escola de hotelaria no continente africano figura igualmente entre as previsões de investimentos no setor hoteleiro.
Quanto a iniciativas de cariz social, o FSDA irá destinar 7,5 por cento dos fundos a projectos nas áreas da educação, geração de rendimento próprio e expansão acesso à água potável, saúde e energia.
O fundo, que sucede ao fundo petrolífero, foi criado em Outubro de 2012 para investir domesticamente e no exterior do país os recursos gerados pelas exportações de petróleo em infra-estruturas e outros projectos tendentes a diversificar a economia angolana, fortemente dependente dos hidrocarbonetos.
Na altura foi nomeado director do fundo Armando Manuel que contudo foi exonerado em maio deste ano quando foi nomeado ministro das finanças.
O outro membro do conselho de administração é Hugo Gonçalves.
Quando o fundo foi criado em Outubro a nomeação do filho do presidente para administrador provocou algumas criticas de nepotismo não servindo, segundo se disse na altura, para dissipar a imagem de corrupção entre os governantes de Angola.
A agencia Reuters disse na altura da formação do fundo que a presença dofilho de dos Santos na administração “deverá levantar questões sobre a transparência” do fundo.
A Reuter entrevistou na altura Filomeno dos Santos que disse que “a transparência do fundo será garantida por estritas normas de auditoria e publicação de dados e por uma política de investimentos a ser anunciada em breve”.
Só agora contudo é que foi divulgada a a Política de Investimento.
Segundo o documento, "a alocação diversificada de ativos sob gestão do FSDEA apoiará três critérios fundamentais: preservação do capital, maximização dos retornos a longo prazo e desenvolvimento infra-estrutural".
Concretamente, até metade das verbas do FSDA serão investidas em rendimentos fixos e instrumentos de caixa emitidos pelas agências soberanas, instituições supranacionais, grandes empresas com grau de investimento ou instituições financeiras e, também, em títulos de participação societária emitidos no G7, refere o documento.
O restante das verbas será dirigido para investimentos alternativos, incluindo, os mercados emergentes, de alto rendimento, dos “commodities”, da agricultura e da mineração, da infraestrutura, imobiliário, dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e em títulos de participação societária de mercados fronteiriços, e oportunidades exclusivas em ativos depreciados.
Para já, o FSDA vai concentrar os investimentos no sector hoteleiro, através da criação de um denominado Fundo Hoteleiro para África.
Nesse sentido, o comunicado refere que foi lançado um concurso "a operadores que lideram o ramo hoteleiro internacional" para desenvolver e operar uma carteira de hotéis de negócios de três a cinco estrelas em toda a África subsaariana.
A construção de uma escola de hotelaria no continente africano figura igualmente entre as previsões de investimentos no setor hoteleiro.
Quanto a iniciativas de cariz social, o FSDA irá destinar 7,5 por cento dos fundos a projectos nas áreas da educação, geração de rendimento próprio e expansão acesso à água potável, saúde e energia.