Activistas angolanos alegam estar a ser perseguidos

  • Alexandre Neto

Dionisio Gonçalves Casimiro "Carbono", Francisco Jamba "Kassaluka", Afonso Matias, Bernardo António Pascoal e Alexandre Dias Santos, no tribunal de polícia de Luanda onde foram condenadoa a três meses de prisão por ofensas corporais e desobediência à aut

Mário Domingos disse que a presença de homens e o desfile de viaturas só terminou quando a polícia chegou

Em Angola prossegue a perseguição de jovens activistas,organizadores das manifestações antigovernamentais.Em Luanda, a residência do activista Mário Domingos, no município do Cazenga foi rondada na noite desta terça-feira.

Contou o activista que indivíduos trajados à civil acercaram-se da sua casa, num movimento intenso por si considerado de estranho. Procuravam saber, mais através dos vizinhos, e teve de esconder-se. Mesmo assim adiantou, teve tempo de os reconhecer.

Mário Domingos disse ainda que esta presença de homens e também o desfile de viaturas só terminou depois de agentes da polícia que - foram chamados através dos terminais de emergência - terem comparecido no local.

Na província de Benguela, os jovens que foram condenados a penas de 45 dias de prisão, pena suspensa, dizem sentir movimentos semelhantes nos locais para onde se deslocam, ainda que os considerem de menor intensidade, de modo que, até agora, nada participaram a polícia.Foi esse o caso de Jesse Lufendo, um dos condenados por causa da manifestação do dia 10 de Março.

Em Luanda, uma informação transmitida por alguns órgãos de informação dava conta que a polícia tinha conseguido descobrir os carros usados pelos assaltantes que invadiram a casa da senhora Ermelinda Freitas no passado sábado.Mas não houve mais desenvolvimentos.E as tentativas por nós feitas para obter um depoimento do Comandante de Cacuaco Ribeiro Tony, não resultaram.