Há exactamente um ano Donald Trump foi eleito o 45º presidente dos Esados Unidos, numa votação surpreendente que provocou reacções no país e no mundo.
Neste primeiro ano, a sua gestão não tem sido pacífica, com recurso a um discurso duro e muito dissonante, e marcada pelo uso do twitter como forma de comunicar com os americanos e de anunciar as suas decisões.
Trump celebra o primeiro aniversário a China, onde tem na agenda reduzir o crescente peso chinês no comércio mundial e tentar levar Pequim a abandonar a sua aliança com a Coreia do Norte.
O Presidente quer provar que se enganaram os que acharam que ele ia suavizar a retórica e tornar-se mais "presidenciável" após sentar-se na Sala Oval, mas continua fiel ao estilo imprevisível e combativo.
Economia em alta
Com o desemprego nos 4,1% (o mais baixo em 17 anos), a economia americana a crescer 3% no terceiro trimestre e a confiança dos consumidores em alta, Trump não esconde o orgulho neste sucesso económico do seu primeiro ano na Casa Branca.
Ela não se preocupa se essa recuperação económica deve em muito às reformas impostas por Barack Obama.
A próxima grande batalha de Trump - que assinala o primeiro aniversário da sua eleição na China - é a reforma dos impostos.
Entre as dúvidas sobre como financiar um projecto que pode levar o défice a 2,4 mil milhões de dólares e as suspeitas de que a reforma vai beneficiar os mais ricos, Trump tenta conquistar os votos de todos os republicanos no Senado, apesar de haver algumas reservas.
Depois do fracasso da reforma da saúde - chumbada no Senado com votos contra de vários republicanos, esta é a última hipótese que Trump tem de aprovar uma reforma de peso antes do fim do ano.
Coreia do Norte
Com três ex-colaboradores indiciados esta semana por ligações à Rússia o primeiro aniversário da sua vitória eleitoral coincide com a viagem de Trump à China.
A política externa é uma das áreas onde o estilo de Trump mais tensões tem provocado.
Agora, na China, o Presidente americano quer eliminar o que ele considera ser uma vantagem de Pequim no comércio com os Estados Unidos ao mesmo tempo que pretende levar a China a isolar ainda mais Pyongyang ou evitar que o líder chinês reaja a qualquer acção americana contra a Coreia do Norte.
Antes, num discurso duro no Parlamento sul-coreano, o Presidente americano advertiu o líder da Coreia do Norte que qualquer acção provocadora de Pyongyang será um “erro de cálculo fatal” e pediu para que não subestime a sua Administração.