Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria exigiram numa manifestação realizada, na quarta-feira, defronte a sede do governo Provincial de Malanje,o pagamento de pensões em atraso referentes aos meses de Setembro,Outubro e décimo terceiro mês deste ano.
Teresa Francisco,uma das manifestantes,precisou que os seus filhos foram obrigados a abandonar a escola por não pagamento de propinas.
O apelo lançado, em Setembro,em Malanje, pelo ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria,Cundi Payhama,num encontro com os ex-combatentes para a liquidação das pensões em tempo oportuno não sortiu feitos desejados.Os beneficiários,que abandonaram o local, solicitam agora a intervenção dos órgãos de soberania.
No seu apelo pode ler-se:“Pedimos às instâncias superiores do Ministério dos Antigos Combatentes,ao Parlamento Nacional,ao Presidente da República,ao vice-presidente e tantas outras entidades que podem ajudar os antigos combatentes,as sua viúvas e os órfãos - a toda esta camada que fez tudo para que a paz se pudesse fazer sentir - para que olhem o antigo combatente,não como um elemento alheio,mas como um símbolo da Nação”.
O sofrimento dos chefes de família afecta directa ou indirectamente a criança que vê vetado o seu acesso à escola, aos serviços de saúde e a outros prescritos nos 11 compromissos sobre a criança, recordados no Acto Provincial do 36º aniversário da independência de Angola.
Essas crianças aproveitaram “a oportunidade para, mais uma vez, exigir ao governo central e provincial a cumprir os 11 compromissos e a Convenção dos Direitos da Criança”.
O ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria,Cundi Payhama,reafirmou que os beneficiários do seu sector devem ser os primeiros, quando se trate de pagamento de pensões.Disse ele:“Só quero pedir que o antigo combatente deve ser priorizado em primeiro lugar.Sobas haverá sempre, mas a independência veio por causa do antigo combatente. Por isso, estamos já a encontrar sensibilidades em todas as fases.Também notamos que a pensão dos antigos combatentes só é processada depois de pagar a todos os agentes públicos.Eu defendo o contrário: que primeiro se dê a pensão ao antigo combatente.Primeiro porque é já pequena.Em segundo lugar,o antigo combatente tem o respeito,muito lhe devemos pelo amplo gesto na luta de libertação nacional,ele tem prioridade”.
A manifestação dos antigos combatentes e veteranos da pátria, que incluía viúvas, destroçou sem qualquer incidente depois de hora e meia. Por razões de calendário não foi possível de momento trazer a versão oficial do director da instituição em Malanje.
O ministro defende prioridade para os antigos combatentes