Mais de mil funcionários administrativos da Universidade Eduardo Mondlane, a maior e mais antiga instituição do ensino superior de Moçambique, entraram em greve nesta quarta-feira, 12, para exigir o pagamento de bónus de efectividade referente ao ano passado.
Trata-se de um valor pago anualmente a todos os trabalhadores do corpo técnico administrativo, a partir de 15 anos de trabalho nesta universidade, mas que ainda não foi pago.
Portões do campus encerrados, acessos às salas de aulas bloqueados e trabalhadores no recinto universitário aos cânticos com dísticos improvisados, e palavras de ordem de exigência de pagamento dominaram o ambiente durante toda a manhã.
Para responder à greve, uma força policial, com armas AKM e cães foi chamada ao local, tendo registado alguns momentos de confrontação com os grevistas, mas sem qualquer dados de maior.
Para já, a greve parece não ter fim à vista porque os grevistas são irredutíveis nas exigências e a universidade diz não ter capacidade financeira para pagar o que é exigido.
Neste primeiro dia de greve, dezenas de alunos não puderam fazer exames de recorrência que estavam previstos.
Para eles, a reitoria promete soluções em breve.