A família do adolescente Rufino António, assassinado há quase dois anos por militares quando protestava contra a demolição da sua casa no Zango, vai avançar com um processo civil contra o Estado pelo crime.
A revelação é do advogado de defesa da família, Luís Nascimento, e acontece quando se aguarda há quase dois anos pelo julgamento dos acusados pelo crime.
Apesar do Ministério Público ter formalizado a queixa, o tribunal ainda não marcou a data.
Rufino Antonio, de 14 anos de idade, foi morto à queima-roupa por disparos de militares em Agosto de 2016.
Um dos quatro militares acusados encontra-se detido desde o ano passado, enquanto os demais aguardam o julgamento em liberdade.
O Ministério Público formalizou a acusação e os advogados dos familiares já solicitaram a devida responsabilização do Estado pelo crime cometido.
“Já requeremos a confiança do processo, com base na acusação e elaboramos o pedido de responsabilidade civil do Estado pelos actos praticados pelos seus agentes, no qual pedimos a indemnização devida", disse Luís do Nascimento, advogado de defesa.