O Ministério Público angolano formalizou a acusação contra quatro militares, dos quais um já se encontra detido, pelo assassinato do adolescente Rufino Fernandes António em Agosto de 2016, quando se opunha à demolição da sua casa no município do Zango, em Luanda.
O advogado dos familiares de Rufino disse que o julgamento deve começar em breve.
O processo arrasta-se desde Agosto do ano passado quando Rufino foi assassinado a queima-roupa no bairro Walale, no Zango, arredores de Luanda, por militares afectos à PCU, coordenados pelo general Simao Wala.
Depois de várias pressões dos advogados da família de Rufino, os quatro militares indiciados do crime foram constituídos arguidos e um deles inclusive já se encontra detido, pelo facto de ter sido reconhecido pelos familiares, presentes na reconstituição do crime.
“Aguardamos a qualquer momento a acusação porque em termos de instrução preparatória já foram cumpridas todas as fases", revela o advogado dos familiares.
Luís Nascimento justifica aprisão de apenas um por ter sido identificado como o autor dos disparos que assassinou Rufino.
“Agora, como arguidos, os prazos são mais limitados e esperamos a qualquer instante que haja a acusação", estima Nascimento.
Na acção de demolição das casas no Zango, em Agosto de 2016, além de Rufino António, que tinha 14 anos na altura, foi morto um bebé.