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Advogado e familiares de Rufino António criticam morosidade do processo


Pai de Rufino António espera justiça
Pai de Rufino António espera justiça

Dez meses depois do assasinato do adolescente angolano, nenhum dos quatro acusados foi constituído arguido

A menos de dois meses do primeiro aniversário da morte do adolescente Rufino António por militares que demoliram a sua casa no Zango, nos arredores de Luanda, o caso continua parado na Procuradoria Geral da República.

Morte de jovem durante demolições no Zango ainda sem solução - 1:03
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Os quatro militares suspeitos de terem disparado mortalmente contra o adolescente estão identificados e já foram notificados, mas o processo não avança, como disse à VOA o advogado da família Luís Nascimento.

“Até agora nenhum dos quatro militares suspeitos foi constituído arguido", lamenta o advogado de defesa que não encontra justificação para este atraso.

Os familiares manifestam-se desesperados com a morosidade do processo.

Entretanto, em Maio, o tribunal deu razão aos moradores dos bairros Walale, no Zango 2 e Zango 3, arredores de Luanda, que no ano passado tiveram os seus terrenos ocupados e casas destruídas pelas Forças Armadas.

Na altura, a acção violenta com que foi feita a destruição de milhares de casebres por militares ligados ao General Wala, sem qualquer promessa de indemnização, foi fortemente repudiada por vários sectores angolanos e pela comunidade internacional que exigiram do Governo a responsabilização dos actores pelos actos praticados.

Numa destas acções foi morto o adolescente Rufino António, de 14 anos, vítima de disparo de arma de fogo, além de um recém-nascido.

A 26 de Abril, o Procurador Geral da República (PGR) reconheceu que o caso da "morte violenta" de Rufino António, "chocou a sociedade" angolana e assegurou que o "Ministério Público tudo está a fazer para levar os culpados às barras do tribunal e responsabilizá-los criminalmente".

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