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Literatura intanfil angolana procura espaço próprio


Vullnetarët transportojnë thasë me rërë për të ngritur një pengesë pranë Lumit Elba në qytetin Wittenberge të Gjermanisë, 10 qershor 2013.
Vullnetarët transportojnë thasë me rërë për të ngritur një pengesë pranë Lumit Elba në qytetin Wittenberge të Gjermanisë, 10 qershor 2013.

Escritores querem fomentar a leitura lúdica, e não apenas didáctica, entre as crianças

30 Jan 2011 - “Soba Kangueia e a Palavra”, “Historias e Historietas, “ “Sonhos Roubados a um Carrossel”, “O Feijãozinho Vermelho”, e a “Canção Mágica” são algumas obras literárias infantis de autores angolanos que despertam alguma curiosidade nas crianças.

Mas a realidade é que muitas ficam somente pela curiosidade. Para quem pensa que é por falta de dinheiro, John Bella um dos poucos escritores angolanos que aposta na literatura infantil, prova o contrário.

O jovem que descobriu a sua paixão pela literatura aos 12 anos, crê que existe é pouco interesse por partes de alguns pais e restante sociedade."Nós temos uma comunidade estudantil muito grande", diz salientando que é preciso levar os livros a mais crianças e lamentandop que se façam edições de apenas mil livros.

Luísa Charumbo, Teresa da Apresentação, Sebastiana Martins, Celma Paulo e Mariana Araújo são crianças dos 9 aos 11 anos de idade nunca ganharam livros infantis uma vez que não têm poder de compra. Os únicos livros que lêem são didácticos. E contam à VOA que nunca compraram livros de contos, nem os pediram aos pais. Para elas, os livros são uma obrigação e não um prazer, como podem ouvir clicando na barra acima ou logo a seguir a este texto.

Por essa razão John Bella, pensa ser necessário que as instituições escolares promovam actividades extra escolares que envolvam lançamento de obras literárias infantis.Há escolas onde as actividades extra-curriculares não existem, apesar de serem obrigatórias, o que nega à criança o conhecimento de outros mundos.

Das poucas escolas públicas que dão a oportunidade as crianças de lerem livros fora das disciplinas curriculares está a escola Nossa Senhora do Bom Conselho, na Praia do Bispo, Marcelina Charumbo de 11 anos de idade disse que foi graças à sua escola que hoje conhece algumas obras literárias infantis.

O que essas crianças não sabem é que entrar para o seu mundo de fantasia não é um exercício fácil. O autor de nove obras literárias, na sua maioria infantis, conta-nos, que escrever para os mais novos é uma tarefa que requer muita atenção e criatividade

“Estes são cão e gato” é a mais recente obra de John Bella, tem 32 páginas. Nesta obra autor explica aos mais pequenos o que leva o cão a perseguir o gato. "Devemos ser muito responsáveis no que estamos a escrever, porque estamos a lidar com um público muito sensível. A palavra tem que se muito bem estudada. Temos que saber brincar com a criança", diz

John Bella, um dos 10 escritores angolanos que aposta na literatura infantil, volta a afirmar que a falta de apoios e iniciativas por parte de algumas instituições escolares e governamentais pode condicionar a publicação de obras infantis e em particular no interior do país.

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