31 Jan 2011 - A União Africana nomeou um painel de cinco Chefes de Estados para trabalharem na busca de uma solução a crise política na Costa do Marfim.
A missão deverá estar concluída dentro de um mês.
Os presidentes do Burkina Faso, Chade, Mauritânia, África do Sul e Tanzânia vão trabalhar em conjunto com o líder da União Africana e o presidente da CEDEAO – Comunidade Económica de Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental.
Esta equipa deverá apresentar uma proposta de resolução a crise política costa-marfinense.
O presidente mauritaniano Mohamed Ould Abdel Aziz preside o Conselho de Segurança e Paz da União Africana.
“A única via para encontrar uma solução africana ao um problema africano é através da sabedoria, da cultura e de valores africanos. O comité da União Africana irá resolver de forma que seja preservada a democracia e paz. A missão estará concluída em menos de u8m mês e a sua conclusão será a favor da unidade de todos os costa-marfinenses.”
O presidente nigeriano e líder da CEDEAO, Goodluck Jonathan faz igualmente parte do comité presidencial. O alto Comissário da União Africana, Jean Ping justificou as razões de criação desse comité, pelo facto de não haver unanimidade para o uso da força.
“É conhecida a situação na Costa do Marfim. Se houver o recurso a força, vai ser um caos e matanças. Por isso vamos usar todos os meios para obter um mesmo resultado – a preservação da democracia. Estou confiante que iremos obter mais sucessos em vez de recorrermos ao uso da força.”
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon opõe-se abertamente a todo e qualquer esforços visando a reapreciação dos resultados eleitorais, porque segundo ele os mesmos já foram confirmados pela Comissão eleitoral e validados pelas Nações Unidas como previa o plano de paz da Costa do Marfim. Durante a cimeira da União Africana em Adis-Abeba Ban Ki-moon apelou mais uma vez a Laurent Gbagbo para que abandone o poder.
“O actual impasse não é aceitável, e por quanto mais ele se arrastar, maiores serão os riscos. Saúdo a decisão da União Africana em procurar resolver esse problema no prazo de um mês, através do comité presidencial. As Nações Unidas estão prontas a trabalhar junto o quanto possível com esse comité.”
O presidente da comissão CEDEAO disse que o comité presidencial criado pela União Africana deve encontrar a solução para destituição pacífica do presidente cessante, Laurent Gbagbo, e não uma solução para o legitimar. Uma posição que é apoiada pelos chefes de Estados membros desta organização sub-regional.