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Um milhar de desmobilizados da guerra civil manifestam-se em Maputo


Hermínio dos Santos, líder dos ex-combatentes desmobilizados em Moçambique
Hermínio dos Santos, líder dos ex-combatentes desmobilizados em Moçambique

Os manifestantes concentraram-se a cerca de 30 metros do gabinete do primeiro-ministro, onde o governo estava reunido em Conselho de Ministros

Cerca de um milhar de desmobilizados de guerra civil de Moçambique iniciaram hoje aquilo que chamaram de jornada de manifestações pacíficas, por tempo indeterminado, para exigir pagamento de pensões individuais de reinserção social,no valor 12 mil meticais,o equivalente a 450 dólares por mês.

Desde as primeiras horas da manhã, o numeroso grupo concentrou-se a cerca de 30 metros do gabinete do primeiro-ministro, onde o governo estava reunido em Conselho de Ministros. Um forte contingente dos diversos ramos da polícia moçambicana, incluindo a força anti-motim,estava posicionado no local para eventual intervenção.

Com discursos emotivos, os desmobilizados explicaram à imprensa as razões das suas reivindicações, enquanto esperavam ser recebidos por algum membro do governo.

O grupo que hoje se concentrou é liderado por Hermínio dos Santos, dirigente de uma das alas dos desmobilizados que, segundo disse, representa em todo o país, cerca de 13 mil elementos que serviram do lado governamental e da Renamo, durante a guerra civil de 16 anos,que terminou em 1992.

O governo, através do Ministério dos Combatentes, diz que os manifestantes nunca foram combatentes mas, sim, milicianos e "naparamas", homens com poderes sobrenaturais, que estiveram ao serviço das forças governamentais.

Os membros do Conselho de Ministros terminaram a sessão do dia, ignorando as manifestações dos antigos combatentes e abandonaram o gabinete do primeiro-ministro, evitando um encontro com os manifestantes, que prometem pernoitar no local.

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