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Conacri volta a ser mesa de negociações sobre crise guineense


Alpha Condé, Presidente da Guiné-Bissau
Alpha Condé, Presidente da Guiné-Bissau

Em debate a formação de um Governo inclusivo.

Os principais actores políticos da Guiné-Bissau estão reunidos nesta terça-feira, 11, em Conacri em mais uma tentativa de encontrar uma solução à crise que se arrasta há mais de um ano.

Os presidentes da República e do Parlamento, representantes do PAIGC, PRS, deputados do chamado grupo dos 15, da sociedade civil, chefes religiosos e tradicionais participam no encontro que está a gerar muita expectativa.

O cidadão comum mantém a esperança de um consenso entre as partes, como estipula o acordo patrocinado pela CEDEAO.

Para o analista politico, Luís Peti, a reunião só terá resultado positivo se houver vontade das partes.

“Tem que imperar a boa vontade. Sem a boa vontade, entre as partes, não haverá solução para a crise. Só para lembrar que antes do envolvimento da CEDEAO já haviam esforços internos e apelos da própria comunidade internacional nomeadamente, da União Africana, da ONU, União Europeia e outros parceiros, mesmo assim não houve solução, porque as partes não estava e não estão interessadas na resolução desta crise”, disse Pei.

Umas das questões quentes e que surgiu como entrave à implementação do acordo é a liderança do Governo inclusivo.

Para aquele analista, “se a solução é para concluir a nona legislatura, obviamente há um partido que venceu as últimas eleições, então teremos que recorrer a este partido para dar-lhe a possibilidade de liderar o Governo até o fim da legislatura, se não for esta a solução, podemos aceitar uma outra, desde que haja consenso entre as partes.

Por seu lado, o especialista em política internacional, Midana Pinhel, considera que em vez de resolver o problema ele está a ser adiado e por isso não acredita numa solução em Conacri.

“Tenho muitas dúvidas se de lá sairá uma solução que leve o país a ultrapassar esta crise de forma sustentável e duradoura, concluiu Pinhel.

A reunião é presidida pelo Chefe de Estgado da Guiné-Conacri, Alpha Condé, mediador designado pela CEDEAO.

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