O Presidente Michel Temer foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva, ou seja, por ter recebido dinheiro indevido em função de seu cargo público.
Segundo Rodrigo Janot, o Presidente foi o destinatário de uma mala contendo luvas no valor de 500 mil reais (cerca de 170mi dólares) e entregue pela empresa JBS ao deputado Rocha Loures, ex-assessor de Michel Temer.
Também teve promessa de receber outros 38 milhões de reais (13 milhões de dólares) em vantagens indevidas da mesma empresa.
Caso se torne réu, o Presidente vai responder ao processo no Supremo Tribunal Federal, mas, para isso, terá de haver uma autorização da Câmara dos Deputados, com pelo menos 342 votos a favor da abertura de inquérito.
Temer já começou a movimentar a base aliada.
Num discurso público de defesa na terça-feira, 27, ele criticou as provas apresentadas e sugeriu que o PGR recebeu milhões da JBS.
Com mais um episódio do escândalo Temer e JBS, a crise política do Brasil não tem data para acabar, como explica o cientista político Marcelo Issa.
“A situação do Presidente Michel Temer vai ficando cada vez mais complicada. No entanto, o facto de nós termos um Congresso também muito envolvido em denúncias de corrupção faz com que se crie uma relação simbiótica de quase dependência entre o Legislativo e o Executivo, de modo que se não houver a emergência de factos novos, a denúncia do procurador não será o suficiente neste momento para derrubar o Presidente”, afirmou Issa.
Michel Temer afirmou novamente que não pretende renunciar.
Partidos da coligação governamental voltam a cogitar saúda do Governo.
Resta saber se Temer aguentará no cargo até 2018.