O antigo homem-forte dos governos do PT António Palocci foi condenado a 12 anos, dois meses e 20 dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Antigo ministro das Finanças do primeiro Governo de Lula da Silva e Chefe da Casa Civil do Executivo de Dilma Rousseff, Palocci foi acusado por negociar luvas com a Odebrecht, que foi beneficiada em contratos com a Petrobras.
Na sentença. O juiz federal disse tratar-se de um caso de "macrocorrupção, envolvendo conta corrente geral de luvas entre o Grupo Odebrecht e agentes do Partido dos Trabalhadores.
Moro proibiu o ex-ministro de exercer cargo ou função pública e de dirigir empresas do sector financeiro, entre outras, pelo dobro do tempo da pena, bem como bloqueou 10,2 milhões de dólares, valor que será corrigido pela inflação e agregado de 0,5% de juros simples ao mês.
Esta confiscação aplica-se a todos os réus não-colaboradores condenados, segundo a assessoria da Justiça Federal do Paraná.
O advogado de Palocci, Alessandro Silverio, disse que o ex-ministro é inocente dos factos citados na decisão e que a defesa irá recorrer
António Palocci foi preso no âmbito da Lava Jato a 26 de Setembro de 2016 e deve continuar preso mesmo durante a fase de recurso.