O primeiro-ministro de Israel e responsáveis do Hamas indicaram nesta terça-feira, 21, que faltam apenas detalhes para um acordo que permitirá a libertação dos reféns sequestrados pelo grupo radical palestiniano a 7 de outubro no sul de Israel.
Um jornal israelita, que cita fontes das negociações, admite que o acordo pode ser anunciado ainda hoje.
"Estamos a fazer progressos. Não acho que valha a pena falar muito, nem mesmo neste momento, mas espero que haja boas notícias em breve", disse Benjamin Netanyahu numa conversa com reservistas do exército.
Por seu lado, o chefe da Autoridade para Assuntos dos Prisioneiros Palestinianos, Qaddoura Fares, afirmou que “o acordo de troca de prisioneiros inclui a libertação de 350 crianças e 82 mulheres palestinianas” detidas por Israel.
Ontem, o Presidente dos EUA disse que "estamos muito perto de trazer estes reféns para casa muito em breve.
"Não quero entrar em detalhes porque nada é feito até que seja feito”, advertiu Joe Biden.
Detalhes
Informações postas a circular pela imprensa mas sem confirmação oficial indicam que cerca de 50 mulheres e crianças dos 240 reféns poderiam ser libertadas, enquanto seria implementada uma pausa de cinco dias nos combates, mas não um cessar-fogo como os principais líderes mundiais têm pedido.
O jornal israelita Haaretz, que cita uma fonte envolvida nas negociações, afirma que o Qatar, que atuou como intermediário nas negociações para a libertação de reféns, publicará detalhes do acordo ainda hoje.
O Ministério das Relações Exteriores daquele país árabe confirmou que as negociações atingiram um estágio “determinante” e “final”.
O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, considerou que um acordo de trégua com Israel sobre os reféns está"próximo", embora as Forças de Defensa Internacionais (IDF, nas siglas em inglês) continuem a atacar Gaza.
Haniyeh fez esses seus comentários num comunicado, com a agência de notícias Reuters a informar que as negociações se centraram na duração da trégua, nos acordos para a entrega de ajuda a Gaza e na troca de reféns por prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
Israel iniciou a sua campanha militar para eliminar o Hamas depois dos seus combatentes terem atacado o sul do país a 7 de outubro.
Televive disse que 1.400 pessoas foram mortas e 240 feitas reféns pelo grupo considerado terrorista pelos Estados Unidos.
Autoridades de saúde de Gaza afirmaram que o bloqueio e a ofensiva de Gaza por parte de Israel deixou mais de 13 mil palestinos mortos, incluindo 5 mil crianças.
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