erante representantes de partidos políticos, académicos, associações profissionais e sociedade civil foi lançado nesta Quarta-feira em Maputo o processo da revisão da Constituição de Moçambique.
O lançamento decorreu numa das salas da Assembleia da República .
O grande ausente, porém, foi a Renamo, principal partido da oposição, que considera o processo uma obra da Frelimo para fragilizar a democracia multipartidária em Moçambique.
Mas o Movimento Democrático de Moçambique, MDM, o terceiro maior partido representado no parlamento, participa no processo e promete estar atento a qualquer tentativa de manipulação. A promessa foi feita por Lutero Simango, chefe da bancada parlamentar.
“Temos a consciência que o processo será sinuoso, mas o MDM está disposto a participar e fará tudo para que a Constituição a ser revista não viole as liberdades conquistadas pelos moçambicanos. Nós somos por mais liberdades, somos por mais direitos políticos, sociais e económicos”- disse Lutero Simango
A revisão da Constituição, que deve terminar em 2013, é um projecto apresentado pela Frelimo no início deste ano, sem avançar pormenores sobre o que quer ver alterado na actual Constituição de 2004.
A FRELIMO deverá apresentar nesta Quinta-feira a sua proposta, segundo avançou Margarida Talapa, chefe da bancada parlamentar.
O objectivo da Frelimo para a revisão constitucional é "o aprimoramento e consolidação da actual Constituição", disse ela.
"Nós pensamos que o País está a desenvolver-se e, naturalmente, achamos que é preciso actualizar a nossa constituição tendo em conta o contexto. Há aspectos que podemos revisitar durante o processo da revisão," acrescentou..
Alguns analistas chegaram a especular que a Frelimo pretende dar mais um mandato ao actual Presidente da República, mas Armando Guebuza já disse que não quer permanecer no poder depois de 2014.
Detalhes da proposta da FRELIMO poderão ser conhecidos Quinta-feira