Na Zâmbia a afluência hoje as urnas tem sido considerável com os eleitores a elegerem o presidente e um novo parlamento.
Segundo a correspondente da Voz da América em Joanesburgo, Délia Robertson, houve no entanto alguns incidentes de tumultos e problemas logísticos, que não afectam o processo no seu todo.
A maioria dos observadores afirma que os resultados dessas eleições na Zâmbia vão ser renhidos, e notam que a maior diferença com os escrutínios presidenciais de 2008 é o aumento de cerca de um milhão de novos eleitores.
Paul Mwansa, 44 anos e trabalhador da construção civil em Lusaka – a capital – disse a Voz da América que os jovens aderiram ao processo em larga escala e podem determinar o favoritismo da oposição.
“A forma como vejo o processo, é que muitas daquelas pessoas que votaram hoje, andam na faixa dos 20 anos de idade, e portanto são rapazes e raparigas nascidos na altura em que o movimento para a democracia multi-partidária tinha sido introduzido em 1991. E agora a outra oposição tem prometido uma mudança que a meu ver esses jovens desejam ver.”
A maioria desses jovens eleitores são desempregados, e Paul Mwansa disse que a Frente Patriótica de Michael Sata principalmente tem sido galvanizado a partir dessa franja do eleitorado.
“Particularmente o partido de Sata, tem feito promessas de criação de empregos para esses jovens. Portanto esses rapazes e raparigas estão a procura de emprego.”
A Frente Patriotica tem prometido também a introdução de políticas sociais que irão favorecer aos pobres. Sessenta por cento da população zambiana vive com menos de 2 dólares por dia.
Em 2008 numas eleições presidenciais antecipadas por causa da morte do então presidente, o actual chefe de Estado Rupiah Banda do Movimento para a Democracia Multi-partidária – MMD- venceu o seu adversário Michael Sata com apenas 35 mil votos.
Nas eleições parlamentares regulares de 2006 o MMD ganhou com uma larga vantagem.
Os resultados definitivos dessas eleições só poderão ser conhecidos no mais tardar dentro de 3 dias, por causa das já conhecidas dificuldades do apuramento dos votos na Zâmbia.