Católicos cabindas ressentidos pelo que consideram a excessiva proximidade entre a hierarquia da igreja e o governo de Angola, desafiaram os responsáveis eclesiásticos a reconhecer o que se passa realmente no enclave.
Esta posição surgiu em reacção a declarações de Dom José Imbamba, arcebispo de Saurimo e porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, sexta-feira passada no programa da Voz da América, "Angola Fala Só".
Dom José disse que os padres associados ao movimento independentista Cabinda não foram afastados por razões políticas, mas por questões disciplinares, nomeadamente por não manterem uma boa relação pastoral com o bispo Dom Filomeno Vieira Dias.
Os apoiantes do Padre Tati e outros clérigos, proibidos de administrar sacramentos e rezar missa, acreditam que as razões foram políticas.
Apesar de oficialmente a Igreja não assumir a divisão no seio dos fiéis, a ala Lubunduno, que se opõe a Dom Filomeno Vieira Dias, desafia a hierarquia da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé a realizar uma visita de constatação no enclave.
A situação já se arrasta há mais de 6 anos, desde que Filomeno Vieira Dias foi nomeado para bispo Diocesano. Uma decisão que não foi digerida pelos fiéis que se opõem a autoridade do novo bispo.
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