O activista cabindês, Agostinho Chicaia, foi libertado pelos autoridades do Congo Kinshasa.
Dolly Ibefo da organização congolesa "A Voz dos Sem Voz" confirmu a libertação de Chicaia afirmando de Kinshasa que a meio da tarde este aguardava apenas a devolução do seu passaporte.
O activista cabindês Raul Tati, confirmou também a libertação de Chicaia afirmando que este se encontrava de boa saúde embora houvesse alguma preocupação devido a problemas de tensão arterial. Ouça a entrevista de Raul Tati aqui.
Agostinho Chicaia, antigo líder da Associação Cívica de Cabinda Mpalabanda, foi detido pelas autoridades da República Democrática do Congo, no aeroporto de Kinshasa, no momento em que ia apanhar o avião para Harare, no Zimbabué no passado dia 20 de Junho
Chicaia esteve detido sem saber o motivo das acusações, mas recorda-se que as autoridades angolanas o indiciaram de crimes contra a segurança do Estado num processo em que dois outros réus já foram absolvidos.
A prisão de Chicaia provocou embaraços nas relações entre Luanda e Kinshasa. As autoridades congolesas disseram ter prendido o activista cabindês a pedido das autoridades angolanas que lhes teriam entregue uma lista de pessoas suspeitas de actos de terrorismo a serem detidas.
Mas Angola, apesar de ter sido informada da detenção de Chicaia, nunca pediu a sua extradição e disse ignorar esse pedido de prisão.
Já esta semana o advogado David Mendes foi ao ministério das Relações Exteriores angolanos para pedir explicações sobre a dentenção de Chicaia em Kinsha e foi lhe informado pelos funcionarios governamentais angolanos não haver "nenhum acordo nesse sentido”.
Os funcionários angolanos disseram ainda que “se houvesse algum mandato de captura pela Interpol teria que ser executado a partir de Brazaville onde Chicaia está como residente”.
Na Quarta-feira, Isaias Samakuva presidente do maior partido da oposição, a UNITA,avistou-se com o embaixador do Congo em Luanda para discutir a questão. O embaixador indicou, ainda que indirectametne estar surpreendido com a a atitude do governo angolano. Ouça a reportagem do Alexandre Neto aqui.
Chicaia trabalha actualmente na Ponta Negra no Congo Brazaville para uma organização de protecção do meio ambiente.